Na próxima segunda-feira, dia 13, o programa ‘Encontro com Patrícia Poeta’ será transmitido ao vivo diretamente de Belém, no Pará, em uma edição especial que leva a tradição do Círio de Nazaré — uma das maiores manifestações religiosas do país — para todo o Brasil. A atração mergulha na fé, devoção e celebração que tomam conta da cidade durante o período da festa, reunindo histórias inspiradoras, música e um passeio pelos encantos da capital paraense.
Em entrevista exclusiva ao TDB, Patrícia Poeta comentou sobre a experiência de apresentar o programa na cidade e destacou a importância de mostrar a riqueza cultural e religiosa de Belém para o público nacional. Confira a seguir!
O Círio de Nazaré é uma das maiores manifestações religiosas do Brasil. O que você mais espera vivenciar nesse momento tão especial aqui em Belém?
Quero vivenciar toda essa atmosfera de fé, amor e união que é o Círio. É um evento grandioso — não apenas pelo número de pessoas, mas pela energia que ele emana. É uma emoção coletiva que toma conta das ruas e dos corações. Confesso que já era para ter vindo antes, mas acredito muito que tudo tem o seu tempo. Agora chegou a hora certa e estou muito ansiosa. Tenho certeza de que será uma experiência transformadora, dessas que a gente leva pra vida inteira.
Como você recebeu o convite ou a ideia de levar o Encontro ao vivo para o coração dessa celebração paraense?
Foi de uma vontade antiga de estar mais perto dessa manifestação tão genuína de fé que é o Círio. Sempre acompanhei, mesmo que de longe — quando estava no Jornal Nacional ou no Fantástico, noticiei diversas vezes o evento e me chamava sempre a atenção as imagens e os depoimentos das pessoas. Sempre me atraiu muita a força dessa devoção popular. Era um desejo que vinha crescendo dentro de mim há anos e, agora, poder realizar isso com o Encontro, levando essa energia para todo o Brasil, é uma conquista pessoal e profissional. É bonito quando a televisão consegue fazer essa ponte entre as emoções locais e o coração do país.
Mesmo antes de ir, o que você já conhecia sobre o Círio e a cultura do Pará? Alguma coisa já te encantava à distância?
Muito do que eu conhecia vinha do que via pela TV e de amigos paraenses que sempre falavam com brilho nos olhos do Círio. Existe um encantamento que vai além da fé — é um modo de viver, de celebrar, de receber. A gastronomia paraense também sempre me chamou muita atenção: o tacacá, o açaí que é completamente diferente do que temos no Sudeste, o pato no tucupi, o carimbó… É uma cultura viva e pulsante. As aparelhagens, por exemplo, são algo que eu acompanhava por matérias e achava fascinante. É o Pará mostrando que tradição e modernidade podem caminhar juntas com muita personalidade.
Você acredita que o Brasil precisa conhecer melhor suas diferentes culturas? Como a TV pode contribuir nisso?
Acredito — e tenho plena certeza — de que o Brasil precisa se olhar mais. Nós somos muitos Brasis dentro de um só país. Cada canto tem sua identidade, sua voz, sua beleza. E a televisão tem um papel fundamental nisso: o de aproximar, de mostrar, de celebrar essa diversidade. Toda vez que saímos dos estúdios para visitar um estado ou uma cidade, a nossa maior meta é justamente essa — divulgar as diferenças culturais, valorizar as belezas locais e conversar com pessoas das mais variadas regiões. Eu amo isso. Amo conhecer as manifestações culturais que fazem do nosso país um mosaico tão rico.
Você é uma pessoa de fé? Acredita que esse tipo de experiência também transforma quem está por trás das câmeras?
Sou uma pessoa de muita fé. Acredito profundamente que ela move montanhas e transforma realidades. Existe uma força poderosa quando as pessoas se reúnem em nome de algo bom, de uma devoção, da bondade e fraternidade.
Lembro que cobri a cerimônia de apresentação do Papa Francisco, no Vaticano, e foi uma das experiências mais marcantes da minha vida. As palavras dele me tocaram profundamente — transmitiam paz, serenidade e uma sensação de esperança que me envolveu por completo. Quando percebi, estava tão emocionada que até havia me perdido do meu cinegrafista! A fé tem esse poder: ela nos envolve, nos preenche e, de alguma forma, nos faz sentir parte de algo muito maior do que nós mesmos. E é exatamente isso que eu espero viver no Círio.