
O ciclista britânico Bradley Wiggins, cinco vezes campeão olímpico, fez revelações impactantes em sua autobiografia The Chain, que será lançada na Inglaterra no dia 23 de outubro de 2025. Em uma declaração chocante, Wiggins revelou que, após sua aposentadoria em 2017, ele cheirou cocaína diretamente de sua medalha de ouro conquistada nos Jogos Olímpicos de Londres. “Lá estava eu, em um armário, cheirando cocaína da minha medalha de ouro, zombando da minha conquista, odiando-a pelo que eu achava que ela havia me proporcionado”, disse o ex-atleta em entrevista ao jornal The Times.
Wiggins, que se tornou um ícone do ciclismo, expressou um profundo desdém por suas conquistas, afirmando que a medalha de ouro e a vitória na Volta da França estavam “mortas” para ele. “Era como mijar no túmulo de alguém, e naquele momento, eu estava mijando no meu próprio. A pessoa que eu tinha sido em Paris e em Londres estava morta para mim”, continuou o ciclista, refletindo sobre sua luta interna e a pressão que sentia.
O impacto do vício
Após se trancar em um hotel em Londres por duas semanas, Wiggins admitiu ter consumido cerca de 120 gramas de cocaína durante esse período. “Não sei como não morri. Não gosto nem de pensar nisso”, confessou o ex-ciclista de 45 anos, revelando a gravidade de seu vício e as consequências devastadoras que isso teve em sua vida.
Além de suas lutas com a dependência química, Wiggins também compartilhou experiências traumáticas de sua juventude. Ele revelou ter sido abusado sexualmente por um treinador quando tinha apenas 13 anos, além de sofrer agressões físicas frequentes de seu padrasto. Essas experiências moldaram sua vida e contribuíram para os desafios que enfrentou após sua carreira esportiva.
Consequências financeiras e pessoais
Wiggins também enfrentou dificuldades financeiras, tendo declarado falência após acumular dívidas superiores a um milhão de euros. “Eu nunca quis que parecesse que eu culpava alguém pelos meus problemas. Sou vítima das minhas próprias escolhas”, afirmou, reconhecendo a responsabilidade que sente por sua situação atual.
O ex-ciclista, que se destacou em competições internacionais e se tornou um símbolo do ciclismo britânico, agora busca compartilhar sua história para ajudar outros que possam estar enfrentando desafios semelhantes. A autobiografia de Wiggins não apenas revela os altos e baixos de sua carreira, mas também oferece uma visão honesta sobre os efeitos colaterais da fama e da pressão que os atletas enfrentam.
A relevância da história de wiggins
A história de Bradley Wiggins é um lembrete poderoso de que, por trás das medalhas e dos troféus, existem seres humanos que lutam com problemas pessoais e emocionais. Sua disposição para falar abertamente sobre suas experiências pode inspirar outros a buscar ajuda e a enfrentar seus próprios desafios. Além disso, a narrativa de Wiggins destaca a necessidade de um suporte psicológico adequado para atletas, especialmente após a aposentadoria.
O impacto de sua revelação ressoa não apenas no mundo do ciclismo, mas em todos os esportes, onde a pressão para ter sucesso pode levar a consequências devastadoras. A luta de Wiggins contra o vício e os traumas do passado serve como um alerta sobre a importância da saúde mental no esporte.
Reflexões finais
Com a publicação de sua autobiografia, Wiggins espera não apenas contar sua história, mas também abrir um diálogo sobre as questões que muitos atletas enfrentam em silêncio. A coragem de compartilhar suas experiências pode ajudar a desestigmatizar a luta contra o vício e a saúde mental, encorajando outros a se manifestar e buscar apoio.
Bradley Wiggins, com sua trajetória de sucesso e suas lutas pessoais, continua a ser uma figura influente no esporte, mostrando que a verdadeira vitória vai além das medalhas e troféus.