Dicas essenciais para reduzir prejuízos e evitar problemas depois de uma batida. Foto: Divulgação
Dicas essenciais para reduzir prejuízos e evitar problemas depois de uma batida. Foto: Divulgação

Por mais cuidadoso que seja ao volante, ninguém está imune a um acidente de trânsito. Uma distração, uma freada brusca ou mesmo um erro de outro motorista podem resultar em colisões. Nessas horas, a reação imediata faz toda a diferença – não apenas para garantir a segurança, mas também para evitar dores de cabeça jurídicas e financeiras.

Em casos sem vítimas, a primeira providência é simples, mas muita gente esquece: retirar os carros da via, sempre que possível. Assim:

1. Tire os veículos da via

Deixar o veículo parado no meio da rua pode gerar multa de R$130,16 e quatro pontos na carteira (CNH). Caso o carro não possa rodar, é preciso acionar o reboque, seja da seguradora ou da Companhia de Trânsito.

A conduta é descrita no art. 178 do Código de Trânsito: “Deixar o condutor, envolvido em acidente sem vítima, de adotar providências para remover o veículo do local, quando necessária tal medida para assegurar a segurança e a fluidez do trânsito: infração média”. 

2. Entender-se com o outro motorista

Outro ponto fundamental é manter a calma. Discutir com o outro motorista não vai resolver nada. O ideal é conversar de forma civilizada e chegar a um entendimento sobre quem irá assumir os prejuízos. A recomendação é anotar o local, a hora exata e trocar contatos. Esses dados serão exigidos pela seguradora.

3. Registrar: reunir provas

Além disso, registrar o ocorrido é essencial. Fotos dos danos, da posição dos veículos e até contatos de testemunhas podem se transformar em provas importantes caso a negociação não avance e a questão precise ser resolvida na justiça.

4. Boletim de ocorrência

Ainda que não seja obrigatório, o boletim de ocorrência – feito online ou em uma delegacia – pode ser solicitado pelas seguradoras para liberar a indenização. Caso tenha dúvidas: você pode ir a uma delegacia, ou lavrar o B.O. pela internet, por meio do portal da Polícia Civil (ou Polícia Militar, caso o acidente tenha ocorrido em uma rodovia estadual). 

5. Conserto

O caminho para o conserto do carro varia de acordo com a situação. Se o motorista culpado tiver seguro com cobertura para terceiros o que obrigaria a seguradora dele a consertar o seu carro, a reparação costuma ser mais rápida. Caso contrário, o jeito é tentar um acordo direto. Sem consenso, a alternativa será recorrer ao Judiciário, munido de provas e orçamentos de oficinas.

Há feridos? Entenda os procedimentos

1. É preciso acionar autoridades

Já quando há feridos, o procedimento muda radicalmente. A prioridade é acionar socorro especializado – SAMU (192) ou Corpo de Bombeiros (193) – e a polícia (190) para o registro da ocorrência. Não se deve tentar remover as vítimas por conta própria, pois isso pode agravar as lesões. Fugir do local sem prestar assistência é considerado crime, com consequências severas: multa de R$1.467,35, cassação da CNH e até processo penal.

2. A cena deve ser preservada

Nesses casos mais graves, a cena do acidente não deve ser alterada. Se houver vítimas, danos ao patrimônio público ou suspeita de embriaguez ao volante, a perícia precisa ser feita no local. Os carros devem permanecer onde estão, com pisca-alerta ligado, e o triângulo deve ser posicionado a pelo menos 50 metros de distância, para evitar novas colisões.

Mais do que saber dirigir bem, conhecer essas orientações é um ato de responsabilidade. Afinal, ninguém espera se envolver em um acidente – mas, se acontecer, estar preparado pode reduzir danos, acelerar a solução e até salvar vidas.