Com o clube afundado na lanterna, executivo vê clássico como oportunidade para redenção - Foto: Matheus Vieira/PSC
Com o clube afundado na lanterna, executivo vê clássico como oportunidade para redenção - Foto: Matheus Vieira/PSC

Quem esperava, ontem, por uma entrevista de algum jogador do elenco do Paysandu para falar sobre a situação do time na Série B do Brasileiro e, principalmente, do Re-Pa da próxima terça-feira, foi surpreendido pela aparição do executivo de futebol do clube. Carlos Frontini foi à sala de imprensa da Curuzu e, logo no começo da entrevista, revelou ter feito “questão de abrir a semana de coletiva”. Segundo ele, o objetivo foi de dar “uma resposta, uma satisfação sobre o que vem acontecendo” com o clube. Afinal, o Papão é lanterna da Segundona e com remotas possibilidades de evitar a queda à Série C de 2026.

Frontini admitiu, sem rodeios, que “o nosso momento é delicadíssimo” no campeonato. O executivo lamentou a série de tropeços da equipe em 31 rodadas da Série B, o último deles a derrota para o Botafogo-SP, que não vencia há seis partidas. “Infelizmente os resultados dentro de campo não vêm acontecendo e a gente está nessa situação muito delicada”, reconheceu. Ele lembrou que o próximo compromisso do Papão é justamente o Re-Pa, partida sempre aguardada pelos torcedores e que representa, como dizem, um campeonato à parte. “É um clássico local e que é conhecido mundialmente. Por isso de eu estar aqui”, declarou.

Preparação do Papão

Mesmo com o time caindo pelas tabelas, Frontini prometeu um Paysandu diferente do que foi contra o Botafogo. Na ocasião, a atuação do Papão foi de dar “calo nos olhos”, como reconheceu publicamente o lateral Bryan Borges na saída de campo. “A gente vai fazer de tudo para dar uma resposta (ao torcedor) no clássico. É mais do que nossa obrigação”, disse, sinalizando que a equipe precisa “achar motivações às vezes onde não tem”. O executivo, que, justiça se faça, nunca se furtou às explicações à imprensa, admitiu que a reprovação do torcedor e da imprensa ao desempenho do time é algo normal.

“Quando chega o momento delicado não é fácil. As críticas são naturais, normais também porque a gente não vem conseguindo entregar os resultados. E aqui não estamos falando de dedicação, que ao contrário, é um grupo que trabalha, mas não estamos conseguindo reverter isso em resultados dentro de campo”, afirmou. Na sequência, Frontini voltou a bater na tecla do Re-Pa pós Círio de Nazaré. “A gente tem de entender que representa muito para o nosso torcedor esse próximo jogo. E a gente precisa entrar muito motivado, muito confiante e entender as cobranças e entregar o resultado”, ressaltou.