O Pará aparece entre os estados brasileiros que registraram casos de deepfakes sexuais em escolas, segundo levantamento da SaferNet Brasil divulgado nesta segunda-feira, 6 de outubro. O estudo identificou 16 episódios em 10 unidades da federação, envolvendo ao menos 72 vítimas e 57 agressores, todos menores de idade. O estado de São Paulo lidera com quatro casos, seguido por Paraíba, com dois. Entre os registros está um caso confirmado no Pará.
As deepfakes sexuais são imagens de nudez ou teor sexual criadas por meio de inteligência artificial, sem o consentimento da vítima, configurando violação à privacidade e à dignidade. Segundo a SaferNet, a maioria das ocorrências foi noticiada em escolas particulares, mas o número real pode ser maior, já que não há monitoramento oficial sobre o tema no Brasil.
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Impacto e Riscos das Deepfakes Sexuais
A pesquisa faz parte do estudo “Uso indevido de IA generativa: perspectivas sobre riscos e danos centradas nas crianças”, financiado pelo fundo SafeOnline, gerido pela Unicef. O objetivo é dimensionar os impactos do mau uso da tecnologia e incentivar a criação de políticas públicas para combater esse tipo de crime digital.
