Quando perguntado sobre o objetivo inicial de sua vinda ao Remo, que era primeiramente chegar à pontuação mínima contra o rebaixamento, o técnico Guto Ferreira nem esperou o fim da indagação para responder. “Chegamos à pontuação hoje”, referindo-se aos 45 pontos conquistados com a vitória de ontem. Além disso, o treinador garantiu que dentro do elenco sempre se pensou no acesso, e não simplesmente em se garantir na Segundona. Ele comentou sobre a busca dos resultados necessários nas oito rodadas restantes e disse o que espera no Baenão para esta quinta-feira: “Vai sair gente pelo ladrão”.
Análise do jogo
“A gente sabia que a gente vinha enfrentar uma equipe aqui que há três meses não perdia, que tem a posse de bola como a sua força. Então, procuramos trabalhar muito bem a parte defensiva para equilibrar, para não sofrer. Sabíamos que uma das forças deles era a bola parada, que boa parte do jogo nós conseguimos impedir, mas tivemos os dois goleiros em bons momentos. Mesmo não tendo a posse, nós conseguimos controlar o Operário-PR. Nos momentos que tivemos recuperação e conexões assertivas, chegamos com o perigo. E o Remo teve chances reais mais que o Operário-PR, que teve chutes, mas não teve um rebote. Fizemos o gol no final e soubemos segurar a pressão. Tivemos um pouco de dificuldade para conectar o nosso jogo para poder desafogar, como tivemos dificuldade também de usar, de repente, o contra-ataque que a equipe tem como uma das forças. Nas mudanças, os meninos entraram bem e nossa equipe cresceu”.
Pés no chão
“Quanto a questão do acesso, nós falamos que a gente não tinha jogado a toalha. Nós temos oito partidas e ainda estamos distantes do G4. Temos muito chão pela frente, não tem outro caminho. É seguir acreditando a cada resultado que a gente consegue, independente dos demais. A gente se fortalece e é isso. Agora, no Baenão terá ‘gente saindo pelo ladrão’ na quinta-feira, e quando a torcida nos empurra nós ficamos mais fortes”.
Busca pelo acesso I
“Têm times que pensam dessa maneira (fugir do rebaixamento) para depois pensar em um salto maior. Confesso que dentro do grupo, e eu estou há pouco mais de dez dias aqui, nunca ouvi que o grupo lutava pela permanência para depois lutar pelo acesso. Não é falta de humildade, é o pensamento de uma equipe que correu boa parte da competição dentro do G4. Então, esse sonho pode ter dado uma enfraquecida durante a competição, mas ele veio se reforçando a cada jogo que se consegue vencer”.
Busca pelo acesso II
“Que bom que nós já cumprimos o objetivo primário. O torcedor vai ver o Remo no mínimo na Série B. Mas o que nós queremos é estar na Série A. Então, a gente não vai abrir mão do nosso objetivo final. Agora, nós temos que ir sem empolgação, buscar ganhar a terceira vitória e depois, na sequência, ver até onde a gente pode chegar”.
Marcelo Rangel
“Quando é questão física, eu espero que os médicos venham me trazer, e isso nunca você sabe de forma imediata. Com certeza foi um desconforto, alguma queda que ele teve ali, e se não me engano foi questão de coluna. Então, não sei avaliar, deixa o médico depois me falarem o que teve, nisso não me meto não”.