FAIXA DE GAZA

Hamas quer negociar paz e promete libertar reféns

Impasse em torno do desarmamento permanece como o maior obstáculo para um acordo duradouro.

Hamas. Foto: Divulgaçao
Hamas. Foto: Divulgaçao

O grupo palestino Hamas anunciou nesta sexta, 3, que aceita parte da proposta de paz apresentada pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, para encerrar a guerra na Faixa de Gaza. Entre os pontos aceitos estão a libertação dos reféns em poder da facção e a entrega da administração do enclave a uma autoridade alternativa.

Apesar do gesto, o Hamas deixou claro que pretende negociar outros termos do plano, especialmente a exigência de desarmamento total, imposta por Israel como condição essencial para o cessar-fogo. Essa é considerada a cláusula mais sensível das negociações, já que Tel Aviv não abre mão da eliminação da capacidade militar do grupo.

Trump, que se colocou como mediador do processo, fixou prazo até o próximo domingo para que o Hamas dê uma resposta definitiva. O presidente americano alertou que, caso a proposta seja rejeitada, “consequências severas” serão aplicadas.

Plano de Paz e Autoridade Transitória

O plano elaborado por Washington prevê, além da libertação de reféns e da saída gradual das tropas israelenses, a criação de uma autoridade transitória para governar Gaza até que um novo arranjo político seja estabelecido.

Israel ainda não se pronunciou oficialmente sobre a aceitação parcial do Hamas. Analistas avaliam que a disposição do grupo em negociar pode abrir espaço para avanços diplomáticos, mas o impasse em torno do desarmamento permanece como o maior obstáculo para um acordo duradouro.