Pará - O açaí do Pará está conquistando paladares mundo afora — e não apenas nos Estados Unidos. Dados da Secretaria de Desenvolvimento Agropecuário e da Pesca (Sedap) revelam que mercados como os Países Baixos/Holanda e a Austrália vêm exibindo crescimento expressivo no interesse pelo fruto produzido na região.
Participação nos destinos de exportação
• Estados Unidos seguem liderando, com 58 % do volume.
• Austrália responde por 15,6 % do total exportado.
•Holanda aparece com 12,7 %.
• Japão também despontando com 11,2 %.
Crescimento em volume
• De janeiro a agosto de 2025, a Austrália importou 2.111 toneladas, ante 1.493 toneladas no mesmo período de 2024 — aumento de 41 %.
• A Holanda apresentou alta ainda maior, passando de 260 toneladas para 1.726 toneladas no primeiro semestre — crescimento de 565 %.
• Japão também registrou variação de 563 %, pulando de 229 para 1.515 toneladas.
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Consumo internacional e adaptações culturais
• Na Austrália, por exemplo, o açaí tem sido consumido com toppings como granola, chocolate, frutas, Nutella, pistache e mel — bem diferente do hábito paraense.
• Holandeses relatam que, quando o produto chega ao mercado, o estoque esgota rapidamente, mesmo que distribuído para vários supermercados.
Aspectos de produção e certificação
O governo do Pará tem investido em modernização — da produção à logística — além de incentivar a certificação por Indicação Geográfica (IG) para valorizar o açaí paraense.
Apesar do crescimento da exportação, 90 % do açaí produzido permanece no Brasil.
Existe uma preocupação com tarifas, principalmente nos EUA, que podem reduzir as exportações para esse mercado.
A tendência é que produtos como mix de açaí (mistura com frutas, granola etc.) e polpa em pó ganhem espaço, pois diminuem custos de transporte e permitem explorar novos nichos.
