LEÃO AZUL

Diego Hernández reforça confiança e foco coletivo para a luta pelo acesso

Diego Hernández teve, enfim, uma atuação sólida e espera continuar correspondendo às expectativas da torcida.

Uruguaio está em ascensão após marcar seu primeiro gol pelo Remo atuando na posição de origem - Foto: Samara Miranda/Remo
Uruguaio está em ascensão após marcar seu primeiro gol pelo Remo atuando na posição de origem - Foto: Samara Miranda/Remo

Principal contratação da era Marcos Braz como executivo de futebol, vindo diretamente de um time de Série A, o meia-atacante Diego Hernández vinha tendo atuações aquém do que se esperava dele. A exceção foi justamente no domingo passado, quando fez o primeiro gol da vitória do Clube do Remo por 4 a 2 sobre o CRB-AL, seu primeiro com a camisa azulina. Ele preferiu dividir os méritos com os companheiros, destacando o jogo coletivo.

“A verdade é que sim, prefiro não destacar apenas meu desempenho individual, mas sim o que a equipe representou na partida, que foi muito importante. Todos nós tivemos boas sensações, e é isso que importa. Precisamos manter essa postura até o final do campeonato, nos próximos jogos”.

Atuar na posição de origem é fundamental

Foi também a primeira vez em que atuou na posição que mais se aproxima de suas origens, o que deve permanecer diante do bom desempenho. Ele comentou que é assim que prefere atuar, mas que pode desempenhar outras funções se for preciso. “Gosto de atuar no ataque, sou um jogador que busca o gol. Sinto-me confortável pela direita, e essa seria minha posição preferida. No entanto, não me limito a jogar apenas ali, posso atuar em qualquer posição no ataque”.

Diego sabe que a missão pelo acesso continua difícil, com a necessidade de vencer pelo menos mais cinco dos nove jogos restantes, mas destacou que o elenco está em um momento em que não deve se preocupar tanto com a tabela, e sim com cada partida. “Pelo menos é assim que penso, e seria bom que pensássemos dessa forma. Não devemos nos fixar tanto na tabela, mas sim em cada partida, buscando o máximo de pontos possíveis. Vencer seria o ideal, é o que todos queremos”, disse. “Enxergamos esse jogo como muito difícil, mas sabemos o que significa, pois eles estão a três pontos de nós. Conseguir uma vantagem seria bom, pensando no que virá depois”, completou o jogador uruguaio.

Para o meia, a receita é clara, que é fazer o dever de casa e conquistar pontos como visitante. “É muito importante. No futebol brasileiro, pela minha experiência, é fundamental vencer em casa e buscar o máximo de pontos fora. Felizmente, voltamos a vencer em casa, marcamos muitos gols e foi uma festa. A torcida foi muito boa e fez uma festa memorável”.

Diego garante que está mais adaptado à cidade

De acordo com Diego Hernández, a boa atuação pode também ser o resultado de uma maior adaptação a uma realidade muito diferente da que estava acostumado, mesmo já atuando pelo Botafogo-RJ há algum tempo. “O período de adaptação é diferente em cada país. Aqui em Belém, o clima é muito quente, bastante especial. Mas estamos nos adaptando. Creio que cada um se adapta à sua maneira. Estou me adaptando bem e espero continuar assim”.

Para domingo, contra o Operário-PR, em Ponta Grossa (PR), o uruguaio prega respeito máximo ao adversário e que se for repetida a atuação diante do CRB-AL, serão grandes as chances de somar mais três pontos. “Primeiramente, o respeito pelo adversário é fundamental. Será uma partida difícil, em um campo difícil de jogar. Mas, como disse, creio que fizemos um grande jogo, não devemos mais pensar na partida anterior e sim no próximo jogo, mas enfrentá-lo da mesma forma que o anterior. Se jogarmos como na partida anterior, será um bom jogo, e esperamos, mais uma vez, ter boas sensações”.

Técnico vê elenco “sedento”

Na entrevista coletiva após o jogo do final de semana, o técnico Guto Ferreira observou que viu os atletas “sedentos” por voltar a vencer dentro de casa e que isso foi fundamental para a conquista dos três pontos. “Eles entenderam o quanto precisavam focar e sabem o peso da camisa que eles vestem. Os atletas não estavam confortáveis com a situação e eles almejam muito conquistar grandes coisas aqui. Mas, para isso precisa ter atitude e a gente tem martelado isso na cabeça deles”, afirmou. “Não existe outro caminho, é trabalhar, acreditar e todo mundo se entregar de forma coletiva. Tem que ter humildade de marcar e tem que ter alegria de atacar”, finalizou Ferreira.