ASSISTÊNCIA HOSPITALAR

Marinha entrega navio-hospital que vai atender 4 mil ribeirinhos por ano

O Navio de Assistência Hospitalar (NAsH) “Sargento Lima” será incorporado à Marinha do Brasil em cerimônia militar realizada na noite desta nesta quarta-feira, 1º de outubro.

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Pará - O Navio de Assistência Hospitalar (NAsH) “Sargento Lima” será incorporado à Marinha do Brasil em cerimônia militar realizada na noite desta nesta quarta-feira, 1º de outubro, na Escadinha da Estação das Docas, em Belém. A embarcação funcionará como Unidade Básica de Saúde para atendimento médico e odontológico de comunidades ribeirinhas de difícil acesso no Pará e Amapá.

Com quase 25 metros de comprimento e 8 metros de largura (boca), o NAsH “Sargento Lima” foi projetado para alcançar locais onde outros navios não conseguem operar, superando barreiras físicas e de navegabilidade. A bordo, conta com consultórios médicos e odontológicos, salas de vacinação e de procedimentos, farmácia, espaços de acolhimento e enfermaria.

Segundo a Marinha, o navio também poderá ser empregado em missões de busca e salvamento em áreas fluviais, transporte logístico de pessoal e material, em emergências como enchentes ou desastres naturais, entre outros, expandindo a capacidade de assistência social e hospitalar da Força Naval na região norte do país.

A capacidade operacional prevê quatro missões anuais, cada uma com até 20 dias de duração, permitindo o atendimento de até 20 localidades por ano. Estima-se que mais de 4.500 pessoas recebam assistência médica e odontológica por ano. Além disso, o navio possibilitará o retorno às mesmas comunidades dentro de um mesmo ciclo, ampliando o alcance das ações da Marinha na Amazônia Oriental.

Quem foi o “Sargento Lima” 

A escolha do nome presta homenagem ao Primeiro-Sargento João Morais de Lima, herói da Marinha do Brasil na Segunda Guerra Mundial. No naufrágio do cruzador Bahia, em 1945, mesmo diante da morte iminente, Lima recusou salvar-se sozinho e insistiu em resgatar seu comandante gravemente ferido. Ambos foram tragados pelo mar, deixando para a história um legado de lealdade e sacrifício.