Um dos primeiros sinais da demência frontotemporal que afastou o ator Bruce Willis das telas foi a gagueira, condição que Bruce superou ainda criança, mas voltou de forma inesperada. A mudança foi “sutil, mas preocupante”, segundo Emma Willis, esposa do ator, em, relato ao Fantástico, exibido pela TV Globo no fim de semana.
Emma relatou ao programa que os episódios começaram a gerar preocupação em 2015, quando Bruce estava em cartaz com a peça “Misery” em Nova York. Segundo Emma, o ator precisou usar ponto eletrônico porque não conseguia decorar as falas, um indicativo de que algo estava errado.
A esposa conta que, como o ator tem um problema de audição, os sinais da doença não ficavam claros para a família. Durante as gravações do primeiro filme da franquia “Duro de Matar”, em 1988, Bruce atirou sem proteção auricular e sofreu uma lesão irreversível na audição. “Eu pensei: ‘ele não tá escutando direito, deve ser isso’. Só que este já era um sinal de que o cérebro estava sendo afetado. Foi devastador”, explica.
Com o tempo, esses sinais isolados se consolidaram em mudanças mais amplas de comportamento, que acabaram levando à confirmação do diagnóstico de demência frontotemporal, doença neurodegenerativa que afeta a personalidade, a fala e os movimentos.
Num livro que acabou de lançar, Emma conta como encontrou forças para seguir adiante diante dessa nova fase da família. “Eu ouvi, de diferentes neurologistas, que esta é a pior de todas as demências”, diz Emma. “É uma doença tão incerta… e no começo, é muito difícil identificar os sinais, porque eles vêm aos poucos”.
Emma conta que chegou a duvidar do próprio casamento, porque não conseguia compreender certos comportamentos que o marido passou a ter. “Às vezes, eu pensava: ele tá falando sério? Tá fingindo? Ou eu tô ficando louca?”, escreve ela no livro. “A desconexão era sutil, mas cada vez mais frequente.” Mais do que simplesmente escrever um diário da vida deles depois do diagnóstico de Bruce, Emma espera, com o livro, ajudar outras pessoas que enfrentam a mesma situação.
Com informações do G1