O feito sem defeitos do PSC ao nocautear o então líder Criciúma por 4 a 2, no domingo (28), encantou o torcedor, fez bem à autoestima bicolor. Aliás, quem não ficaria alegre com vitória tão acachapante e, melhor ainda, inesperada? Ao mesmo tempo, o pós-jogo não trouxe nenhum tipo de euforia desmedida, mas uma saudável contenção.
É natural que o torcedor, mesmo comemorando o belíssimo triunfo, não perca de vista as imensas dificuldades que rondam o time na Série B. Foram ganhos três pontos, depois de 11 rodadas de tropeços, mas a lanterna segue em mãos bicolores, a desafiar até a mais otimista das projeções.
O que não pode ficar sem comemoração é o encaixe perfeito que o time finalmente demonstrou sob o comando de Márcio Fernandes. Com o dado ainda mais impressionante de que os acertos foram obtidos com um time completamente destroçado por oito desfalques.
Além do mérito dos jogadores que dobraram o favoritismo do Criciúma, o técnico merece aplausos. A exibição do PSC foi digna de todos os elogios. Um time vibrante e destemido, comprometido com o ataque e empenhado em acertar todas as transições, sem medos ou hesitações.
Foi a típica receita perfeita para a vitória, algo raro dentro do universo de probabilidades e incertezas de um jogo de futebol. Ao mesmo tempo, um belo exemplo da imprevisibilidade do esporte mais popular do mundo: os favoritos não ganham de véspera, ao contrário de modalidades mais cartesianas (vôlei, basquete), nas quais os melhores quase nunca perdem.
Com uma estratégia que minimizou erros e descuidos, o PSC se superou – como havia se superado no turno diante do Coritiba. A pergunta óbvia que vem junto da quinta vitória da equipe no campeonato é: por que não atuar sempre dessa forma tão contundente e encaixada?
As respostas práticas são tão difíceis de encontrar. Mas, pelas mesmas razões que o futebol é amado por oferecer mil possibilidades ao longo de 90 minutos, cabe dizer que não é possível programar sempre as condições perfeitas e necessárias para que tudo aconteça conforme o planejado.
Cada jogo é um jogo, a frase clichê vem logo à mente. E é a mais pura verdade. Nada se repete de forma igual dentro de um espaço onde 22 atletas se movimentam nas mais variadas direções, tendo a bola como objeto de atração, domínio e conquista.
A única certeza, a essa altura, é que o PSC da linda tarde de domingo em Criciúma mostrou outra vez que tem um dos melhores atacantes do campeonato: Maurício Garcez só não rende mais porque joga praticamente sozinho lá na frente. Mas, apesar disso, faz um estrago impressionante.
Caio Vinícius: de vilão a melhor figura em campo
A diferença foi de apenas quatro dias. Na quarta-feira, em Volta Redonda, o Remo perdeu por 2 a 1 e tomou um gol no minuto final em falha clamorosa do setor defensivo. Erros de Caio Vinícius na origem do lance e de Nathan Santos na execução dentro da área. Domingo, no Mangueirão, Caio se redimiu plenamente, até com sobras. Jogou o fino da bola, deu uma assistência para gol e fechou a goleada com um chute perfeito.
Uma transformação que pode ser explicada por um simples detalhe de posicionamento. Com Luan Martins mais recuado, aparecendo até como terceiro zagueiro, Caio jogou mais avançado, arriscando-se além da linha de meio-campo.
Foi assim que participou do terceiro gol, de Nico Ferreira, e apareceu no centro do ataque para receber o passe e fazer o quarto gol.
É quase certo que o técnico Guto Ferreira tem a ver com isso, mas é inegável que os recursos técnicos do volante contribuem para que possa se renovar aos olhos do torcedor e ter uma participação mais satisfatória em defesa da organização coletiva.
Nadadora campeã azulina vai defender a seleção
Sofia Florence Rodrigues Overal, nadadora paraense de 14 anos, vai integrar a Seleção Brasileira da modalidade na Copa Pacífico 2025, prevista para o período de 10 a 16 de novembro, na cidade de Cochabamba (Bolívia). Ela foi convocada pela Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos (CBDA).
Aluna do 8º ano do Colégio Santa Catarina, Sofia é atleta do Clube do Remo desde 2021. Única representante nortista na seleção nacional, ela mantém de pé a forte tradição de remista nas piscinas. Campeoníssima em certames paraenses, regionais e nacionais, acumula feitos importantes.
Na edição de 2023 dos Jogos Escolares Brasileiros (JEBs), principal competição estudantil do país, Sofia conquistou bronze e prata, em Brasília, e prata e ouro no ano seguinte, em Recife.
Além da participação na Copa Pacífico, Sofia já está classificada para o Campeonato Brasileiro Infantil de Verão 2025, marcado para 25 a 29 de novembro, no Rio de Janeiro.