REDUÇÃO

Desmatamento na Amazônia cai 41%: menor número em oito anos

O desmatamento na Amazônia caiu 41% em agosto de 2025, o menor número para o período em oito anos.

O desmatamento na Amazônia caiu 41% em agosto de 2025, o menor número para o período em oito anos.
O desmatamento na Amazônia caiu 41% em agosto de 2025, o menor número para o período em oito anos.

O desmatamento na Amazônia caiu 41% em agosto de 2025, o menor número para o período em oito anos. O total desmatado foi de 388 km² de floresta, segundo os dados do Sistema de Alerta do Desmatamento (SAD) do Imazon, divulgados nesta segunda-feira, 29. O Sistema também mostra que, no acumulado de janeiro a agosto de 2025, houve uma redução de 20% em comparação ao ano anterior. 

“Isso mostra que houve uma redução significativa em relação ao padrão recente, mas a perda cumulativa da floresta continua, o que exige ações de fiscalização recorrentes para evitar as derrubadas. Assim, o Brasil pode avançar na meta de desmatamento zero até 2030”, aponta o pesquisador do Imazon Carlos Souza Jr.  Apesar da redução registrada em agosto, o desmatamento ainda equivale à perda de mais de 1,2 mil campos de futebol de floresta por dia. Mesmo assim, o resultado chama atenção por ser o menor registrado para o período desde 2017, ou seja, em oito anos.

Acre (26%), Amazonas (26%) e Pará (23%) corresponderam por 75% de toda a área desmatada na Amazônia em agosto de 2025. Mesmo com o equilíbrio na distribuição entre os três, o Acre se destacou negativamente: além de ser o que mais perdeu cobertura vegetal no mês, teve quatro municípios entre os dez mais desmatados. O Amazonas, segundo colocado, concentrou outros três.

O cenário do Acre se agrava quando é observada a destruição em unidades de conservação. Das dez unidades mais impactadas, cinco estão no estado, incluindo a Reserva Extrativista Chico Mendes, que liderou o ranking. Somente no local foi destruído o correspondente a 500 campos de futebol.

Degradação tem redução de 81% em agosto

degradação florestal, provocada por queimadas e extração madeireira, também apresentou uma queda significativa no mês, passando de 2.870 km² em agosto de 2024 para 559 km² em agosto de 2025. O estado da Amazônia Legal com maior presença da atividade foi o Mato Grosso, que concentrou 50% de toda a área degradada. Em seguida aparecem o Pará, com 22%, e o Acre, com 14%. Juntos, esses três estados somaram 484 km² de florestas degradadas, uma área maior que a cidade de Curitiba, capital do Paraná. 

No acumulado de janeiro a agosto a degradação teve queda de 54% 

Ao analisar os dados acumulados de janeiro a agosto, houve uma redução de 54% em relação a 2024. A degradação florestal nesse período caiu de 6.008 km² no ano passado para 2.744 km² neste ano. “Apesar da baixa na degradação acumulada desde o início de 2025 até agora, é fundamental agir de forma intensiva para conter as queimadas e a exploração ilegal de madeira no bioma. É necessário reduzir os números de perda de vegetação, que ainda permanecem elevados, proteger a fauna e a flora diretamente afetadas por essas atividades e contribuir para evitar que as mudanças climáticas, impulsionadas pelos danos no bioma amazônico, se agravem ainda mais”, finaliza Carlos Souza.