MAIS DE 600 METROS

Ponte mais alta do mundo é inaugurada na China

China inaugura a ponte mais alta do mundo, reduzindo o tempo de viagem e simbolizando o avanço em megainfraestruturas.

China inaugura a ponte mais alta do mundo, reduzindo o tempo de viagem e simbolizando o avanço em megainfraestruturas.
China inaugura a ponte mais alta do mundo, reduzindo o tempo de viagem e simbolizando o avanço em megainfraestruturas.

A China inaugurou a ponte mais alta do mundo neste domingo (28), uma estrutura impressionante que atravessa o Cânion Huajiang, localizado na província de Guizhou. Com uma altura de 625 metros em seu ponto mais elevado, a ponte se aproxima da altura da Shanghai Tower, o maior arranha-céu da China, que mede 632 metros. Além disso, a nova ponte possui uma extensão de 1.420 metros, o que promete reduzir o tempo de viagem na região de cerca de duas horas para apenas alguns minutos.

A construção da ponte levou três anos e custou mais de 2 bilhões de yuans, o equivalente a aproximadamente R$ 1,5 bilhão. A agência estatal de notícias Xinhua destacou que vídeos da inauguração mostram as torres da ponte envoltas em nuvens, ressaltando a grandiosidade da obra. A nova infraestrutura não apenas melhora a conectividade na região, mas também simboliza o compromisso da China em investir em megainfraestruturas.

China e suas megainfraestruturas

A China se destaca como líder mundial em megainfraestruturas, possuindo 18 das 20 pontes mais altas do planeta. Antes da inauguração da ponte do Cânion Huajiang, o título de ponte mais alta pertencia à Beipanjiang, também conhecida como Ponte Duge, que possui 565 metros de altura e está localizada na mesma província de Guizhou. Essa região, embora rica em recursos naturais, enfrenta desafios econômicos, especialmente devido à alta taxa de endividamento das províncias.

Impactos econômicos e sociais

O impacto da nova ponte vai além da redução do tempo de viagem. A melhoria na infraestrutura pode estimular o turismo e o comércio na província de Guizhou, que, apesar de suas belezas naturais, ainda luta para se desenvolver economicamente. Com um PIB de aproximadamente 1,5 trilhões de yuans (cerca de R$ 1,1 trilhão), Guizhou apresenta um IDH de 0,65, abaixo da média nacional. Portanto, a nova ponte pode ser um catalisador para o crescimento econômico e a melhoria da qualidade de vida na região.

Controvérsias em torno das megainfraestruturas

Entretanto, projetos de grande escala como este geram controvérsias. Críticos apontam que a construção de megainfraestruturas pode levar a um aumento da dívida pública, especialmente em províncias como Guizhou, que já enfrentam dificuldades financeiras. Além disso, há preocupações sobre o impacto ambiental e social dessas obras, que muitas vezes exigem a realocação de comunidades e a destruição de ecossistemas locais.

Relações diplomáticas e econômicas com o Brasil

A China mantém uma relação econômica crescente com o Brasil, sendo um dos principais parceiros comerciais do país sul-americano. Em 2022, o comércio bilateral alcançou cerca de US$ 150 bilhões, com a China importando produtos agrícolas e minerais do Brasil. A construção de megainfraestruturas na China pode influenciar as relações comerciais, especialmente no que diz respeito à exportação de tecnologia e materiais de construção.

Além disso, o Brasil observa com interesse o desenvolvimento de projetos de infraestrutura na China, que podem servir como modelo para iniciativas semelhantes no país. A troca de experiências e tecnologias entre as duas nações pode beneficiar ambos os lados, promovendo o desenvolvimento sustentável e a inovação.

Conclusão

A inauguração da ponte do Cânion Huajiang representa um marco significativo na história da engenharia e da infraestrutura na China. Com sua altura impressionante e potencial para transformar a economia local, a ponte não apenas conecta regiões, mas também simboliza o avanço da China em megainfraestruturas. Contudo, é fundamental que o país equilibre o desenvolvimento econômico com a responsabilidade social e ambiental, garantindo que os benefícios sejam amplamente distribuídos e que as comunidades locais sejam respeitadas.

Fontes:

Clayton Matos

Diretor de Redação

Clayton Matos é jornalista formado na Universidade Federal do Pará no curso de comunicação social com habilitação em jornalismo. Trabalha no DIÁRIO DO PARÁ desde 2000, iniciando como estagiário no caderno Bola, passando por outras editorias. Hoje é repórter, colunista de esportes, editor e diretor de redação.

Clayton Matos é jornalista formado na Universidade Federal do Pará no curso de comunicação social com habilitação em jornalismo. Trabalha no DIÁRIO DO PARÁ desde 2000, iniciando como estagiário no caderno Bola, passando por outras editorias. Hoje é repórter, colunista de esportes, editor e diretor de redação.