Tem um pet em casa? Veja como proteger seu animal de pulgas, carrapatos e piolhos

Os ectoparasitas, como piolhos, pulgas e carrapatos, representam um sério risco à saúde de cães e gatos, podendo causar desconforto e transmitir doenças. A picada desses parasitas não apenas provoca coceira intensa, mas também pode levar a complicações mais graves, como alergias e infecções. De acordo com a médica-veterinária Valéria Natascha Teixeira, professora do curso de Medicina Veterinária da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR), a infestação pode ocorrer em qualquer lugar, seja em residências com áreas verdes ou em apartamentos. Portanto, é essencial que os tutores estejam atentos e informados sobre como identificar e combater esses parasitas.

A importância de manter os pets livres de piolhos, pulgas e carrapatos vai além do conforto. Esses ectoparasitas se alimentam de sangue e podem causar anemia, além de transmitir doenças graves, como erliquiose e micoplasmose. A prevenção e o tratamento eficaz são fundamentais para garantir a saúde e o bem-estar dos animais. Neste artigo, vamos explorar como identificar esses parasitas, os riscos que eles representam e as melhores práticas para combatê-los e preveni-los.

Identificando piolhos, pulgas e carrapatos

Os sinais de infestação por piolhos, pulgas e carrapatos podem variar, mas alguns sintomas são comuns. A coceira é um dos primeiros indícios de que o animal pode estar infestado. Ao se coçar, o pet pode causar lesões na pele, que podem infeccionar. Além disso, a presença de ectoparasitas pode ser observada diretamente na pele e no pelo do animal.

As pulgas, por exemplo, podem ser mais difíceis de visualizar, mas suas fezes, que se assemelham a pequenos grãos escuros, podem ser vistas sobre o pelo. Os carrapatos, por outro lado, são mais visíveis e costumam se alojar em áreas como entre os dedos, orelhas e pregas de pele. A inspeção regular do animal é crucial, especialmente após passeios em parques ou áreas onde outros animais frequentam.

Sinais de infestação

Além da coceira, outros sinais de infestação incluem:

• Lesões na pele devido ao coçar excessivo;
• Presença de fezes de pulgas no pelo;
• Falta de apetite ou letargia, que podem indicar anemia;
• Inflamações ou infecções na pele, especialmente em áreas onde os carrapatos se fixam.

Como remover ectoparasitas

Remover piolhos, pulgas e carrapatos do animal pode ser um desafio. As pulgas podem ser retiradas manualmente, mas isso pode ser difícil dependendo da pelagem do pet. Os piolhos, por sua vez, são ainda mais complicados de remover, pois se fixam fortemente ao pelo. Já os carrapatos não devem ser arrancados de forma brusca, pois suas peças bucais podem ficar presas na pele, causando inflamação e infecções.

Para a remoção segura dos carrapatos, recomenda-se o uso de pinças específicas, que permitem puxar o parasita com cuidado, evitando que partes dele permaneçam na pele do animal. Após a remoção, é importante desinfetar a área e monitorar o animal para sinais de infecção.

Tratamentos disponíveis

Uma vez que o animal esteja infestado, é crucial adotar medidas para eliminar os ectoparasitas. Existem diversos produtos disponíveis no mercado, como:

• Shampoos antipulgas;
• Sprays e talcos específicos;
• Comprimidos orais;
• Coleiras repelentes.

Entretanto, é fundamental consultar um médico-veterinário antes de iniciar qualquer tratamento, pois ele pode indicar o produto mais adequado para cada situação e animal. Além disso, é importante lembrar que a eliminação dos parasitas do animal não é suficiente; é necessário também tratar o ambiente onde o pet vive.

Combatendo ectoparasitas no ambiente

Os ovos, larvas e pupas de pulgas e carrapatos podem se acumular em diversos locais da casa, como frestas no piso, tapetes, móveis e até mesmo na casinha do animal. Portanto, a limpeza rigorosa do ambiente é essencial para evitar reinfestações. A higienização deve incluir:

• Lavagem frequente de cobertores, roupinhas e caminhas;
• Aspirar regularmente o chão e os móveis;
• Limpeza de áreas externas, como quintais e jardins.

Além disso, existem produtos químicos que podem ser aplicados no ambiente para eliminar as formas adultas dos ectoparasitas. No entanto, é crucial ter cuidado para não intoxicar os animais e as pessoas que habitam o local. Sempre siga as instruções do fabricante e, se necessário, busque a orientação de um profissional.

Prevenção é a melhor estratégia

Proteger cães e gatos de piolhos, pulgas e carrapatos é uma tarefa que exige atenção e cuidados constantes. A higiene do ambiente, a inspeção dos animais após passeios e o uso de produtos preventivos são as principais estratégias para evitar infestações. Além disso, existem diversas opções de produtos preventivos, como:

• Coleiras antipulgas;
• Pipetas de aplicação no pescoço;
• Sprays e talcos específicos;
• Comprimidos preventivos.

Antes de adquirir qualquer produto, é sempre recomendável consultar um veterinário, que pode indicar a melhor opção de acordo com as necessidades específicas de cada animal. A prevenção é sempre mais eficaz e menos custosa do que o tratamento de uma infestação já estabelecida.

Os ectoparasitas, como piolhos, pulgas e carrapatos, podem causar sérios problemas de saúde para cães e gatos. Identificar sinais de infestação, remover os parasitas de forma adequada e manter o ambiente limpo são passos essenciais para garantir a saúde e o bem-estar dos pets. Com cuidados regulares e a orientação de um veterinário, é possível manter os animais protegidos e livres desses incômodos.

Fontes:

• Portal Edicase