
O rapper Mauro Davi dos Santos Nepomuceno, mais conhecido como Oruam, está em liberdade. O artista foi solto nesta sexta-feira (26/9) por determinação do ministro Joel Ilan Paciornik, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), que considerou frágil a justificativa da prisão preventiva decretada contra o cantor.
Preso desde julho deste ano em uma penitenciária da zona oeste do Rio de Janeiro, Oruam era investigado por uma série de crimes: associação ao tráfico, tráfico de drogas, resistência, desacato, dano, ameaça e lesão corporal. Ele foi indiciado por seis crimes após um episódio em que, segundo a polícia, tentou impedir a execução de um mandado de busca e apreensão contra um adolescente suspeito de atuar como segurança de chefes da facção Comando Vermelho.
A decisão do STJ substitui a prisão por medidas cautelares ainda não especificadas. O ministro entendeu que o decreto de prisão preventiva tinha uma fundamentação “vaga e genérica”, e destacou que Oruam é réu primário e se apresentou voluntariamente à Justiça. “O juiz de primeiro grau não apresentou elementos concretos que justificassem a manutenção da prisão”, afirmou Paciornik.
Filho de Marcinho VP e amigo de Poze
Oruam é filho de Márcio dos Santos Nepomuceno, o Marcinho VP, um dos nomes mais conhecidos do tráfico no Rio de Janeiro, atualmente preso em uma penitenciária federal.
A soltura repercutiu fortemente nas redes sociais. O funkeiro MC Poze do Rodo, amigo próximo de Oruam, publicou um vídeo celebrando a liberdade do rapper. Ao som de gritos de comemoração, ele escreveu: “Chamou! Chamou! Chamou!”, junto com o emoji de um cadeado aberto, em referência direta à saída de Oruam da prisão.
Investigação segue em andamento
Apesar da soltura, o processo contra Oruam segue em andamento. A liberdade foi concedida até o julgamento definitivo do recurso, o que significa que o rapper poderá voltar a ser preso caso surjam novas evidências ou ocorra a reversão da decisão nas próximas instâncias.
A defesa do cantor comemorou a decisão e afirmou que vai seguir colaborando com a Justiça para provar a inocência do artista.