Nem só de sucessos como Fantástico, Domingão e novelas memoráveis vive a televisão. Ao longo de sua história, a TV Globo também arriscou formatos que não engrenaram, perderam audiência e acabaram saindo do ar rapidamente. São atrações que, para muita gente, soam mais como uma vaga lembrança – e, em alguns casos, quase um susto de memória coletiva.
É o caso de “Radical Chic”, “Casa do Terror”, “Bobeou Dançou”, “Zig Zag Arena”, “Tomara Que Caia”, “Divertics”, “TV Zona”, “Sociedade Anônima” e “Samba, Pagode & Cia”. Cada um deles trazia uma proposta diferente, mas não conseguiram engajar os telespectadores.
RADICAL CHIC
Radical Chic, exibido desde 19 de abril de 1993, era um game show comandado por Maria Paula, com equipes de meninos e meninas competindo em perguntas e desafios temáticos. Durante o programa, a personagem Radical Chic, interpretada por Andréa Beltrão, participava de esquetes que davam o tom das brincadeiras. Quem acumulasse mais pontos ganhava prêmios em dinheiro e avançava de fase. A ideia inicial vinha de um quadro para o Fantástico, mas acabou virando programa próprio, marcando a estreia de Maria Paula na Globo. A direção ficou por conta de Marcos Paulo e Fred Confalonieri, e o programa era exibido de segunda a sexta às 17h. Durou até 17 de dezembro de 1993.
CASA DO TERROR
Casa do Terror, por outro lado, não passou de um curto especial exibido em 1995. Os dois episódios contavam histórias macabras e bizarras, como a ‘A Vingança de Edmundo ou Drag não é Droga: Pratique’, exibido em 30 de abril de 1995; e ‘O Bebê de Rosineide’, levado ao ar em 7 de maio de 1995. Dirigido por Roberto Talma e José Lavigne, o programa teve exibição limitada e não retornou para mais episódios.
BOBEOU DANÇOU
Outro flop foi “Bobeou Dançou”, apresentado por Xuxa Meneghel em 1989. O programa era voltado para gincanas e charadas, com equipes de adolescentes competindo em provas e desafios aos domingos. Apesar de atrair público jovem, não conseguiu manter audiência suficiente para seguir no ar por mais tempo. Período de exibição: de 9 de julho de 1989 a 31 de dezembro do mesmo ano.
ZIG ZAG ARENA
Em tempos mais recentes, “Zig Zag Arena”, de Fernanda Gentil, buscou resgatar a nostalgia de brincadeiras da infância em um palco tecnológico, mas também enfrentou dificuldades. O primeiro episódio foi ao ar em outubro de 2021, sem confirmação de nova temporada para 2022, assim, finalizando em 19 de dezembro de 2021.
TOMARA QUE CAIA
Com roteiros e personagens pré-definidos, dois times de atores eram desafiados com “trollagens”, elementos surpresas incorporados na encenação. Com direção-geral de Carlo Milani, a exibição do programa durou de julho de 2015 a novembro do mesmo ano, totalizando os episódios apenas no número 16.
DIVERTICS
Em 2013, esquetes com dramaturgia, humor, espontaneidade e improviso. Essa era a ideia de ‘Divertics’. Dirigido por Jorge Fernando e com redação final de Cláudio Torres Gonzaga, o elenco do programa era formado por Luiz Fernando Guimarães, Leandro Hassum, Maria Clara Gueiros, Rafael Infante, Marianna Armellini, Roberta Rodrigues, Ellen Rocche, David Lucas, Nando Cunha e Hilda Rebello. O último programa da atual temporada foi ao ar em 30 de março de 2014.
TV ZONA
A música teve seus fracassos: “TV Zona”, em 1994, pretendia apresentar estilos e bandas variados, desde o sertanejo até o heavy metal, em um cenário inspirado em Nova York. Apresentado por Luiz Thunderbird, saído da MTV, com direção geral do famoso Boninho, durou menos de um mês: de julho a agosto de 94. Um tremendo fracasso!
SAMBA, PAGODE & CIA
Estreando no dia 27 de março de 1999, com o pagode em alta no mercado fonográfico, a Globo apostou em conhecidos artistas do gênero para protagonizar um novo programa nas tardes de sábado. Era o Samba, Pagode & Cia., apresentado por Salgadinho, então no Kantiguelê, e Netinho de Paula, do Negritude Júnior. Mas a atração afundou a audiência da emissora e ficou apenas 49 dias no ar.
SOCIEDADE ANÔNIMA
E ainda houve programas de entrevistas e variedades que não decolaram, como “Sociedade Anônima”, de apresentação de Cazé Peçanha, outro ex-MTV, que trazia personagens comuns do cotidiano em entrevistas semanais, exibido de abril a maio de 2001. Apesar das boas intenções, a proposta não conseguiu conquistar o público e acabou sendo retirada da grade.