Com informações da ASCOM/CCAD-IA
O supercomputador “Apollo 2000”, instalado no Centro de Computação de Alto Desempenho e Inteligência Artificial (CCAD-IA) da Universidade Federal do Pará, completa dois anos de operação nesta quinta-feira, 25 de setembro, como peça-chave para transformar a pesquisa científica na Amazônia.
A máquina, de uso compartilhado, reúne hoje 152 usuários cadastrados, 46 laboratórios associados e já contribuiu para a publicação de mais de 22 artigos científicos, dois capítulos de livros e dezenas de teses e dissertações.
Com 31 nós computacionais, 868 cores, 3.392 GB de memória, 156 TB de armazenamento e 1 GPU NVIDIA, o “Apollo 2000” fornece desempenho milhares de vezes superior ao de computadores comuns. Essa potência já foi aplicada em áreas como genética, bioquímica, ciência dos materiais, física, engenharia e farmacologia.
Entre os avanços estão projetos de montagem de genomas, previsão meteorológica, modelagem de novos materiais e desenvolvimento de medicamentos. “É um equipamento estratégico para resolver problemas de fronteira e permitir que nossos pesquisadores atuem no mesmo nível dos grandes centros científicos do mundo”, afirma o coordenador do CCAD-IA, professor Jerônimo Lameira.
O centro, inaugurado em setembro de 2023 no Campus Belém da UFPA, nasceu de uma articulação iniciada em 2010 com a Secretaria de Ciência, Tecnologia e Educação Superior, Profissional e Tecnológica (Sectet). Para o diretor do espaço, professor João Weyl, o impacto é inquestionável. “Com o Apollo, conseguimos reunir grupos multidisciplinares em torno de grandes projetos e atrair mais recursos para a pesquisa. Agora o desafio é ampliar ainda mais essa infraestrutura e expandir seu alcance para além da capital”, diz.
Entre os próximos passos está o INCT IAmazônia, projeto aprovado em 2024 que vai aplicar inteligência artificial no diagnóstico precoce de câncer de colo de útero e na criação de cidades inteligentes sustentáveis. A iniciativa reforça o papel do supercomputador como motor de inovação para o Pará e para toda a região amazônica.