Setembro é o mês dedicado à conscientização sobre a saúde mental, uma campanha essencial que nos lembra da importância do cuidado emocional. E, para os torcedores de Remo e Paysandu, esse alerta chega em um momento oportuno — já que, dentro de campo, os dois grandes clubes paraenses só têm causado preocupação, desgosto, frustração e, em muitos casos, desânimo.
Na Série B, as expectativas eram distintas, mas o resultado, até aqui, é igualmente decepcionante. Um time sonhava em voltar à elite do futebol brasileiro — ainda há chances matemáticas, mas cada vez mais remotas. O outro apenas queria garantir sua permanência na Segundona, mas já começa a flertar com a queda.
É verdade: nada está completamente decidido. Os números, por mais frios que sejam, ainda dão sinais de esperança. Ainda abanam o carvão molhado que insiste em não pegar fogo. Quem sabe, em algum momento, a brasa acende e o churrasco acontece. Mas hoje, isso parece improvável.
No ritmo em que a berlinda se move, o Remo vai suar até a última rodada para evitar o rebaixamento. Já o Paysandu, infelizmente, se acomoda na zona de perigo, mirando novamente a dura realidade da Série C. Faltam 10 jogos, 30 pontos em disputa — tempo suficiente para mudanças, mas o cenário atual não anima.
Se o destino confirmar o que hoje parece inevitável, o torcedor pode se preparar para um Re-Pa pós-Círio amargo, com o tucupi azedo, e carregado de frustração. Os dados ainda rolam, é verdade, mas já não sorriem mais como antes para os nossos clubes.
Seguimos.
Voltamos a qualquer momento…