A leucemia viral felina (FeLV) continua sendo uma das doenças mais graves e negligenciadas entre os gatos no Brasil. De acordo com a World Small Animal Veterinary Association (WSAVA), a vacinação contra o vírus deixou de ser opcional e passou a ser considerada essencial desde 2024, especialmente para filhotes e para adultos que tenham acesso à rua ou convivam com outros gatos expostos.
A FeLV é transmitida principalmente por lambeduras, mordidas e compartilhamento de utensílios, podendo causar infecções secundárias, anemia e até câncer no sistema linfático. Estudos indicam que cerca de 30% dos gatos persistentemente infectados desenvolvem formas fatais da doença em até três anos após o diagnóstico.
O protocolo atualizado prevê vacinação a partir das oito semanas de vida, com reforço após três a quatro semanas. Em gatos adultos sem histórico vacinal, devem ser aplicadas duas doses, também com intervalo de três a quatro semanas. A revacinação anual é recomendada para animais com alto risco de exposição.
Segundo Stella Grell, diretora da VetFamily no Brasil, a meta é oferecer suporte técnico e facilitar o acesso às vacinas. “O veterinário precisa de ciência, informação e ferramentas para garantir o melhor atendimento”, afirma.
Para os especialistas, cabe ao médico-veterinário orientar tutores sobre protocolos de prevenção e garantir que os felinos recebam a proteção adequada contra a FeLV.