A Síndrome de Pica é um transtorno alimentar caracterizado pelo consumo persistente de substâncias que não são consideradas alimentos, como terra, papel, giz ou até mesmo metais. Embora crianças pequenas costumem explorar o mundo colocando objetos na boca, quem desenvolve a síndrome ultrapassa esse comportamento passageiro, o que pode gerar sérias complicações de saúde. Em adultos, a condição está frequentemente associada a situações específicas, como gravidez, deficiências nutricionais, quadros de ansiedade, depressão ou transtornos do desenvolvimento.
As causas da Pica são múltiplas e vão desde fatores biológicos, como baixos níveis de ferro, zinco ou serotonina, até questões culturais e comportamentais. Estudos indicam que distúrbios neurológicos e psiquiátricos também podem influenciar, reforçando a complexidade do diagnóstico. Para identificá-la, exames de imagem, análises laboratoriais e avaliações clínicas são fundamentais, já que o hábito pode levar a consequências graves, como intoxicações, obstruções intestinais, arritmias e até envenenamento por chumbo.
Tratamento e Abordagens da Síndrome de Pica
No tratamento, as abordagens mais eficazes combinam terapias comportamentais, reforço de hábitos saudáveis e, em alguns casos, intervenção medicamentosa. O objetivo é redirecionar o comportamento alimentar e corrigir deficiências nutricionais que possam estar na origem do problema. Embora ainda pouco discutida fora dos meios médicos, a Síndrome de Pica chama atenção pela forma como ilustra a ligação entre corpo e mente, ressaltando a importância do diagnóstico precoce e da abordagem multidisciplinar para preservar a saúde e o bem-estar de quem convive com o transtorno.