O Paysandu segue escrevendo, jogo após jogo, um roteiro de queda quase inevitável. Matematicamente, ainda há chances reais de escapar da zona de rebaixamento na Série B. Mas, na prática, a esperança começa a rarear. E parte da torcida já caiu na real.
A partida contra o Novorizontino, numa Curuzu com poucas testemunhas, foi mais um episódio da série “como complicar o que já está difícil”. O gol de Garcez, que parecia abrir um novo horizonte no segundo tempo, foi corretamente anulado pelo VAR. E quando o empate parecia se confirmar, veio o castigo: gol dos visitantes, num lance fortuito após escanteio, praticamente no apagar das luzes.
É o tipo de jogo que ilustra bem o drama bicolor. O imponderável entrou em campo. Mas a verdade é que não se trata só de azar: o time erra demais, cria pouco, falha nos momentos decisivos, e o elenco parece emocionalmente abalado, tanto que não demonstrou poder algum de reação. Parecia entregue.
Faltam 10 jogos para o fim da Série B. Cinco serão em casa, mas isso, para o Paysandu, não é sinônimo de força: foram apenas duas vitórias em 12 jogos na Curuzu. Um desempenho abaixo da crítica para quem sonha em deixar a lanterna.
O próximo compromisso será contra o Criciúma, que tem dois ex-bicolores em boa fase: Nicolas e Borasi. Ingredientes de sobra para mais um capítulo tenso.
A essa altura, nem a fé na “Santinha” tem dado conta de aliviar a angústia bicolor. A verdade é que o Paysandu vai precisar muito mais do que promessas e sorte. Vai precisar jogar bola, mostrar garra e entregar aquilo que a Série B exige: competitividade.
O tempo está passando. A Série C está logo ali. E os dados já estão rolando.
Voltamos a qualquer momento…