Um filme criado por adolescentes de São Félix do Xingu, no Pará, ganhou vitrine nacional ao ser incluído no site do projeto Cultura na Praça. A narrativa aborda cultura indígena, ancestralidade e reflete a riqueza cultural do Brasil. Além do filme paraense, outras duas obras de jovens do Maranhão também foram adicionadas no acervo. O projeto é viabilizado pela Lei Federal de Incentivo à Cultura, com patrocínio do Instituto Cultural Vale.
Desde 2017, o Cultura na Praça realiza oficinas audiovisuais gratuitas no interior do Pará e Maranhão. Como extensão das atividades formativas, promove uma mostra itinerante de cinema, onde as histórias contadas por moradores ganham a tela. Os curtas-metragens adicionados à plataforma digital do projeto foram criados por jovens do interior do Pará e do Maranhão e trazem narrativas que abordam cultura indígena, agricultura familiar, ancestralidade e meio ambiente, refletindo a diversidade e a riqueza cultural do Brasil.
O curta paraense é “Bà Kan Pry – A trilha” conta a história de três amigas que recebem um convite misterioso para uma trilha na floresta. Separadas durante o percurso, elas enfrentam obstáculos e descobrem que só unidas conseguirão reencontrar o caminho de volta. A estudante Isabella Medeiros relembra: “Tivemos a ideia de incluir falas em Kayapó para valorizar a cultura da Irê [Iretokre Kayapó, aluna de São Félix do Xingu], que é indígena. Foi uma troca linda e importante.”
Veja!
Mais de 200 mil pessoas já assistiram aos filmes do Cultura na Praça. Nas plataformas, esse número supera 160.000 visualizações. “Esses filmes são como espelhos”, diz o cineasta Cris Azzi, coordenador do projeto. “Devolvem às comunidades uma imagem que muitas vezes não encontram em lugar nenhum e mostram o quanto os jovens querem contar suas histórias com profundidade e afeto.”
O projeto é viabilizado pela Lei Federal de Incentivo à Cultura, com patrocínio do Instituto Cultural Vale e oferece formação técnica e criativa, incentivando nos jovens e em suas comunidades o protagonismo e a autoria sobre suas próprias histórias e, assim, fortalecendo seus vínculos de identidade.
Serviço – Os filmes, incluindo paraenses, estão disponíveis gratuitamente e sem necessidade de cadastro, no site https://www.culturanapraca.art.br . Mais informações: instagram.com/cultnapraca