PATUSCADA

Um novo tipo de humilhação: aérea. Empresas avaliam voos com assentos em pé

Assento em pé no avião: economia para as aéreas, desconforto para os passageiros

Assento em pé no avião: economia para as aéreas, desconforto para os passageiros
Assento em pé no avião: economia para as aéreas, desconforto para os passageiros

O setor aéreo internacional reacendeu uma polêmica que promete mexer com o futuro das viagens: a possibilidade de passageiros voarem praticamente em pé. A partir de 2026, companhias de baixo custo na Europa estudam implementar o Skyrider 2.0, assento criado pela fabricante italiana Aviointeriors que lembra um selim de bicicleta.

A novidade tem como objetivo ampliar em até 20% a capacidade das aeronaves, reduzir o peso total e, consequentemente, gerar economia de combustível. Mas, enquanto as empresas defendem o modelo como uma solução acessível, especialistas e passageiros levantam críticas sobre conforto, saúde e segurança.

Como funcionam os assentos em pé

  • Design: semelhante a um selim de bicicleta.
  • Fabricante: Aviointeriors, empresa italiana que apresentou o modelo Skyrider 2.0 em 2018.
  • Capacidade: permite transportar até 20% mais passageiros por voo.
  • Peso: mais leves do que poltronas convencionais, o que reduz o consumo de combustível.
  • Aplicação ideal: voos curtos, com duração de até duas horas.

Argumentos a favor

  • Redução de custos operacionais para as companhias aéreas.
  • Aumento de receita por voo, graças ao maior número de passageiros.
  • Passagens potencialmente mais baratas, atraindo consumidores que priorizam preço.
  • Inspiração em outros meios de transporte, como ônibus e metrôs, onde viajar em pé é comum.

Críticas e controvérsias

  • Conforto: praticamente inexistente; comparável a permanecer em pé durante todo o trajeto.
  • Saúde: risco de má circulação e dores musculares em viagens frequentes.
  • Segurança: questionamentos sobre a eficácia em casos de turbulência ou necessidade de evacuação.
  • Aceitação pública: passageiros criticam duramente a proposta, considerando-a um retrocesso na experiência de voar.

Reações do setor

  • Michael O’Leary (Ryanair): já defendeu a adoção dos assentos em pé como forma de reduzir custos.
  • Internautas: a ideia foi amplamente criticada nas redes sociais.
  • Fabricante: a Aviointeriors afirma que o modelo segue normas internacionais de segurança aérea.

Comparativo: poltronas convencionais vs. Skyrider 2.0

CaracterísticaPoltronas convencionaisSkyrider 2.0 (assento em pé)
ConfortoMédio a altoMuito baixo
Espaço entre fileiras76 a 86 cmCerca de 58 cm
Capacidade da aeronavePadrãoAté +20% passageiros
Preço da passagemNormalPotencialmente menor
SegurançaJá consolidadaAinda em debate

O futuro das viagens aéreas

A possível adoção dos assentos em pé pode ser um divisor de águas para a aviação comercial, principalmente entre empresas de baixo custo na Europa. Enquanto a promessa é de viagens mais acessíveis, os críticos enxergam a medida como a transformação de uma experiência já apertada em uma verdadeira humilhação aérea.

Resta saber se o público vai aceitar trocar conforto e segurança por preços mais baixos.