
Uma distração rápida quase terminou em tragédia para a família de Kelly Fernanda Gomes: a filha de um ano caiu na piscina, enquanto o pai limpava a lona de proteção. Ela foi resgatada imediatamente por ele. O vídeo do ocorrido foi postado nas redes sociais para alertar outros pais sobre os cuidados com os pequenos.
Kelly Gomes, mãe da criança, afirmou que “foi muito rápido, nem chegou a afundar”. Ainda segundo a mãe, a criança não engasgou com a água e está bem. “Não sei o que teria acontecido se ela tivesse engasgado. Foi um medo enorme, mas, graças a Deus, tudo terminou bem”, desabafou.
O acidente aconteceu em um espaço que a família aluga para festas, separado da casa onde moram, em São João del Rei, no interior de Minas Gerais, e foi gravado por uma câmera de monitoramento. Após o susto, o casal reforçou as medidas de segurança: a piscina foi tampada, a porta fechada e a criança permaneceu sob supervisão constante. “Peguei as imagens e postei na internet porque achei importante mostrar como é perigoso. Em segundos, tudo pode acontecer”.
“A piscina nunca fica sem a rede, e ela (a criança) não fica sozinha nessa área. Há uma porta de blindex que impede o acesso. Sempre tivemos cuidado desde que construímos a piscina, antes mesmo dela nascer”, afirmou a empresária. “Li comentários sugerindo colocar a criança na natação, o que é importante”, acrescentou.
Orientações e prevenção
Segundo a Sociedade Brasileira de Salvamento Aquático (Sobrasa), as piscinas e os lares são responsáveis por 55% de todos os casos de óbitos por afogamento na faixa etária de 1 a 9 anos de idade. As dicas do Samu, em caso de afogamento de crianças, incluem:
- Posicionamento Adequado: Coloque a criança com a cabeça e o tronco na mesma linha horizontal. A água que foi aspirada durante o afogamento não deve ser retirada, pois estas tentativas podem prejudicar e retardar o início da ventilação e oxigenação da criança. Além de facilitar a ocorrência de vômitos.
- Checagem de Respostas: Verifique se há resposta da criança; se houver, coloque em posição lateral direita e aguarde o socorro.
- Sem Resposta: Caso a criança esteja inconsciente, chame o SAMU. A ausência de respostas implica em 2 possibilidades principais: ela está viva e não responde ou está em parada cardiorrespiratória.
- Cheque a respiração: em seguida abra as vias aéreas, colocando dois dedos de uma mão no queixo e a outra mão na testa e estenda o pescoço.
- Se existir respiração: se há movimento do tórax e depois das manobras de abertura das vias aéreas for constatado de que há respiração, coloque a criança em decúbito lateral direito e aguarde o socorro chegar.
- Se não houver respiração: inicie 5 ventilações boca-a-boca. É recomendável a utilização de barreiras de proteção (máscaras), mas sua ausência não é impedimento.
- Criança não responde: Se não houver resposta da criança afogada (movimento ou reação à ventilação), assuma que o coração está parado, coloque a mão no centro do peito, bem na linha dos mamilos, e faça 30 compressões, alternando duas ventilações, ou, na dúvida, mantenha compressões contínuas até o socorro chegar.
*Com informações do G1