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Seguro de motos dispara no Pará e ganha espaço no mercado

Em apenas um ano, a participação das cotações de motos subiu de 28% para 41% no país, enquanto a de automóveis caiu de 72% para 59%.

Em apenas um ano, a participação das cotações de motos subiu de 28% para 41% no país, enquanto a de automóveis caiu de 72% para 59%.
Em apenas um ano, a participação das cotações de motos subiu de 28% para 41% no país, enquanto a de automóveis caiu de 72% para 59%.. Foto: Wagner Almeida / Diário do Pará.

A procura por seguros de motocicletas vem crescendo no Brasil e no Pará, segundo o novo Mapa de Seguros da Serasa. Em apenas um ano, a participação das cotações de motos subiu de 28% para 41% no país, enquanto a de automóveis caiu de 72% para 59%.

No Pará, o movimento segue a mesma tendência: em 2024, os seguros de motos representavam 4,7% das cotações, contra 1,5% dos carros. Já em 2025, os números passaram para 5,5% e 1,8%, respectivamente.

O estudo aponta que o aumento está relacionado à popularização da motocicleta como meio de transporte mais prático e acessível, impulsionado também por aplicativos de mobilidade. Enquanto os carros seguem associados à estabilidade familiar, as motos se consolidam como alternativas de independência e fonte de renda.

Diferenças de perfil

Os dados mostram que quem busca seguro para automóveis costuma ser homem, casado e com idade entre 36 e 55 anos, com renda entre R$ 3.037 e R$ 4.554. Já os interessados em motos são, em sua maioria, solteiros de 26 a 45 anos, com renda entre R$ 1.519 e R$ 3.036.

Apesar da diferença de perfil, ambos os públicos mantêm boas práticas financeiras: 74% dos que buscam seguro de carros e 80% dos de motos estão adimplentes. Além disso, mais de 70% possuem Serasa Score acima de 500 pontos, o que garante melhores condições de crédito.

Panorama regional

No caso dos automóveis, o Sudeste concentra 67,4% das cotações. Já os seguros de motocicletas são mais pulverizados: Nordeste (40,2%), Sudeste (32%), Norte (10,5%), Centro-Oeste (9,3%) e Sul (8%).

Para a Serasa, o cenário mostra potencial de expansão: “Com mais de 100 milhões de usuários, temos condições de democratizar o acesso à proteção financeira e ampliar a segurança dos brasileiros”, avalia Emir Zanatto, head de seguros da empresa.