
O Tribunal de Justiça do Pará (TJPA) apresentou oficialmente a Iandê, sua inteligência artificial criada para auxiliar na elaboração de minutas de votos e ementas, durante workshop realizado nesta quarta-feira, 17, no Anexo 1 do prédio-sede. O evento reuniu desembargadores, magistrados e servidores e marcou um passo importante na modernização do Judiciário paraense.
A ferramenta foi desenvolvida internamente, pela Secretaria de Tecnologia da Informação e Comunicação (Setic), sem custos adicionais, garantindo autonomia, segurança no tratamento de dados e conformidade com as normas do CNJ. Integrada ao Processo Judicial Eletrônico (PJe) e à plataforma Codex, a Iandê já está em uso no segundo grau, com previsão de expansão para o primeiro grau e para áreas administrativas.
O presidente do TJPA, desembargador Roberto Gonçalves de Moura, ressaltou que a inovação não substitui pessoas, mas amplia a capacidade de trabalho, liberando magistrados e servidores para demandas mais complexas. Ele comparou o impacto da tecnologia a invenções históricas, como a imprensa e a internet.
Durante o workshop, o secretário da Setic, Diego Leitão, destacou que a solução foi projetada para democratizar o acesso à inteligência artificial, evitando a dependência de modelos externos e de alto custo.
A Comissão de Informática do Tribunal, responsável por acompanhar a implementação tecnológica, é presidida pelo desembargador Alex Pinheiro Centeno, reforçando a governança e o acompanhamento estratégico do projeto.
Os primeiros testes, realizados em junho nas áreas de Direito Penal, Público e Privado, apresentaram bons resultados de precisão. A expectativa é que a Iandê torne a Justiça mais ágil, moderna e próxima da sociedade, consolidando um legado de inovação para o biênio 2025/2027.

