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Círio Iluminado 2025 leva Inclusão e Sustentabilidade à APAE Belém

Objetivo é capacitar a comunidade na criação de artigos religiosos e artísticos, incentivando a geração de renda.

Foto: Divulgação
Foto: Divulgação

As oficinas de artesanato do projeto Círio Iluminado 2025 chegam à APAE Belém, levando um legado de criatividade, inclusão e novas oportunidades. O objetivo é capacitar a comunidade na criação de artigos religiosos e artísticos, incentivando a geração de renda.

Patrocinado pela Equatorial Pará através da Lei de Incentivo à Cultura do Ministério da Cultura e da Lei Semear da Fundação Cultural do Pará, o projeto é uma produção da Aspecom. Mais do que apenas ensinar técnicas, ele se consolida como um propagador de transformação social.

Michele Miranda, analista de responsabilidade social da Equatorial Pará, ressalta que o impacto é imediato. “As pessoas estão se envolvendo, aprendendo novas habilidades e exercendo possibilidades de geração de renda. É tudo muito promissor para esta edição do Círio Iluminado”, afirma. A expectativa é que os participantes possam comercializar seus produtos, o que “reforça nosso compromisso com a cultura, a inclusão e o desenvolvimento social do nosso estado”, garante Michelle.

O poder da inclusão
As oficinas na APAE foram recebidas com entusiasmo. A gerente de serviços sociais da APAE Belém, Liliane Rodrigues, afirma que “o impacto positivo na vida dos participantes é muito grande, eles se sentem capazes”. Para ela, o projeto é uma “oportunidade muito proveitosa para todos aqui na instituição”.

Inclusão e Oportunidades nas Oficinas de Artesanato

A iniciativa reforça o caráter social e inclusivo do projeto. A professora Silvana Saldanha, mestre em artes visuais, explica que as oficinas oferecem a pessoas com deficiência a chance de participar de atividades que, muitas vezes, são inacessíveis. “É uma oportunidade de conviver com outras pessoas, de estarem interagindo e socializando”, diz. Silvana também enfatiza que a verdadeira superação não está na deficiência em si, mas na sociedade. “As pessoas da sociedade em geral precisam superar o preconceito”.

O valor do projeto é sentido diretamente pelos participantes, como Pedro Vaz, autista, que vê nas oficinas a chance de aprimorar sua arte e até mesmo gerar renda. “Pra mim é tudo, é o aprendizado. A gente aprimora nossa arte de desenho, de pintura, tudo”, conta.

O impacto também alcança as famílias. Maria de Fátima levou a neta Maria, de 12 anos, que tem TDAH e autismo. Para a avó, a participação da neta é uma celebração da arte. “Para mim é uma felicidade, é uma honra ver minha neta se desenvolvendo nessas atividades. É uma maravilha”, revela com grande satisfação.

Legado e Impacto Social do Projeto

O coordenador do projeto, Olivio Rafael, garante que o sucesso das oficinas está em sua capacidade de ir além do planejamento. “O retorno vem diretamente dos participantes. Deixar legado, deixar objetos concretos, transforma as pessoas e dá oportunidade”.

Há 63 anos, a APAE Belém atende gratuitamente crianças, jovens e adultos com deficiências múltiplas, totalizando mais de 7 mil atendimentos por ano.