O preço do pescado voltou a cair nos mercados municipais de Belém pelo quarto mês consecutivo, segundo levantamento conjunto do Dieese/PA e da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico (Sedcon). A pesquisa mostra que, em agosto, a maioria das espécies consumidas pelos paraenses registrou recuo em relação a julho.
Entre as maiores quedas, estão a traíra (-18,46%), o curimatã (-9,33%), a sarda (-7,26%), o mapará (-6,98%) e o cação (-6,33%). Também tiveram redução a gurijuba, o xaréu, a pratiqueira, a piramutaba, a pirapema e a pescada amarela.
Por outro lado, algumas espécies ficaram mais caras no mês passado: o tucunaré subiu 21,76%, o aracu 16,54%, a serra 10,86% e a uritinga 9,33%, entre outros.
Acumulado do ano
No balanço de janeiro a agosto de 2025, a maioria dos pescados ainda apresenta preços acima da inflação acumulada de 3,1% para o período. O aracu lidera os reajustes, com alta de 30,67%, seguido da pirapema (22,40%) e do xaréu (17,48%).
Algumas espécies, no entanto, ficaram mais baratas: o tucunaré acumula queda de 37,5% no ano, a tainha recuou 18,61% e a serra caiu 16,94%.
Comparativo de Preços do Pescado
Na análise de agosto de 2025 contra agosto de 2024, a alta é ainda mais expressiva. A pirapema subiu 48,73%, o aracu 46,97%, o tucunaré 33,39% e a serra 30,11%. No mesmo período, a inflação oficial foi de 5,1%.
Análise do Dieese/PA e Sedcon
De acordo com o DIEESE/PA e a Sedcon, a expectativa é de novos recuos nos próximos meses, acompanhando a maior oferta de espécies e as melhores condições de captura. O monitoramento seguirá sendo realizado mensalmente.