Morreu nesta terça-feira (16), aos 89 anos, Robert Redford, ator e diretor que marcou gerações no cinema. Reconhecido por sua elegância discreta e por personagens que uniam carisma e profundidade, ele eternizou clássicos como Butch Cassidy (1969) e Todos os Homens do Presidente (1976), além de dirigir obras marcantes como Gente Como a Gente (1980), que lhe rendeu o Oscar. Redford não foi apenas um protagonista de Hollywood, mas também um narrador atento às transformações de sua época, mantendo-se ativo por mais de seis décadas diante e atrás das câmeras.
Além de sua trajetória artística, Redford deixou um legado cultural ao fundar o Sundance Institute, instituição que se tornou referência mundial para o cinema independente e revelou cineastas de diferentes gerações. Sua atuação extrapolou as telas: ambientalista convicto, escolheu viver em Utah, de onde liderou esforços de preservação ambiental e uniu natureza e arte em projetos que refletiam seu compromisso social. Sua imagem esteve sempre associada a uma visão de cinema como espaço de experimentação, ousadia e transformação.
Notícias Relacionadas
Legado e Paixão pelo Cinema
Mesmo em seus últimos anos, Redford não abandonou a paixão pelo ofício. Atuou em produções recentes como Our Souls at Night (2017), ao lado de Jane Fonda, e fez uma participação em Vingadores: Ultimato (2019). Mais do que um astro, ele foi um símbolo de reinvenção e resistência cultural, mostrando que a arte pode ser uma forma de viver plenamente.
Em suas últimas aparições no cinema, Robert Redford alternou entre dramas tocantes e blockbusters épicos. Esteve ao lado de Jane Fonda em “Our Souls at Night” (2017), da Netflix, e anunciou “O Velho e a Arma” (2018) como seu possível último filme — embora jamais tenha falado em aposentadoria. Surpreendeu ao retornar ao universo Marvel em “Vingadores: Ultimato” (2019), reprisando o papel de Alexander Pierce, o líder infiltrado da Hidra dentro da S.H.I.E.L.D., em uma cena crucial durante a viagem no tempo dos heróis. Redford mostrou que sua versatilidade atravessa gerações e gêneros.
