
O domingo (14) que deveria ter sido apenas mais uma jornada de futebol terminou marcado por uma denúncia grave e preocupante. O goleiro Everson, do Atlético-MG, relatou que sua filha de 13 anos foi vítima de importunação sexual no estacionamento da Arena MRV, após o empate em 1 a 1 contra o Santos, pela 23ª rodada da Série A. Segundo o atleta, homens de meia idade dirigiram comentários ofensivos e de cunho sexual à adolescente, episódio que gerou indignação e levou o jogador a prometer que buscará medidas legais para responsabilizar os agressores.
O Atlético-MG se pronunciou oficialmente poucas horas depois do relato. Em nota, o clube lamentou o ocorrido, classificou a situação como “inaceitável” e destacou que o comportamento não representa a torcida alvinegra. A diretoria ainda assegurou que colaborará com as autoridades de segurança para identificar os responsáveis e aplicar sanções administrativas amparadas pelo Regulamento de Uso da Arena MRV. O gesto foi um respaldo ao atleta e à sua família, reforçando que o espaço do estádio deve ser seguro para todos, especialmente para crianças.
A esposa de Everson também detalhou o episódio em suas redes sociais, relatando que os agressores, ao perceberem a presença da filha, direcionaram comentários sobre sua aparência e corpo. Segundo ela, não se trata de uma questão ligada a críticas esportivas, mas de uma invasão de limites inaceitável, que expõe o quanto ainda é difícil para famílias de jogadores lidarem com esse tipo de violência. A indignação da família foi acompanhada por manifestações de apoio de torcedores e colegas de profissão, que reforçaram a necessidade de punição.
Caso de Importunação Sexual e suas Implicações Legais
O caso chama atenção para a gravidade da importunação sexual, tipificada no artigo 215-A da Lei nº 13.718/2018 como ato libidinoso praticado sem anuência da vítima, com pena de reclusão de um a cinco anos. O episódio envolvendo a filha de Everson ultrapassa a esfera esportiva, evidenciando um problema social que precisa ser enfrentado com firmeza. Mais do que um debate sobre segurança nos estádios, trata-se de reafirmar o direito de todas as pessoas, sobretudo menores de idade, à dignidade e ao respeito.