Mark Zuckerberg, CEO da Meta, declarou recentemente que os celulares, protagonistas da revolução digital das últimas décadas, estão chegando ao fim de sua trajetória como principal ferramenta de conectividade. Para ele, a era dos smartphones atingiu seu limite e será substituída por uma experiência mais discreta e imersiva: os óculos inteligentes. Essa visão já ganha forma por meio da parceria entre a Meta e a Ray-Ban, que lançou modelos capazes de integrar fones de ouvido, câmeras de alta resolução e microfones, unindo design e funcionalidade.
A proposta, segundo Zuckerberg, é tornar a tecnologia “invisível”, integrando-a ao cotidiano sem a necessidade de telas constantes em mãos. A ideia vai além de conveniência: os óculos prometem sobrepor informações diretamente ao campo de visão, traduzindo textos em tempo real, indicando rotas por comando de voz e facilitando interações digitais sem interromper a vida real. Trata-se de uma mudança de paradigma que busca devolver ao usuário liberdade de movimento enquanto expande as possibilidades de conexão.
Esse avanço surge também em resposta à estagnação do mercado de smartphones, que enfrenta queda nas vendas e críticas pela falta de inovações significativas. O alto custo de aparelhos de ponta, como o iPhone 17, reforça o desinteresse do público, que prefere manter seus dispositivos por mais tempo. Nesse cenário, a aposta em óculos inteligentes aparece como caminho estratégico para renovar a indústria e sustentar o valor das gigantes de tecnologia. Ainda assim, Zuckerberg reconhece que a aceitação dessa novidade exigirá superar desafios ligados ao preço, à adaptação dos hábitos e, principalmente, à privacidade dos dados.