A morte de Ângela Ro Ro, ocorrida na última terça-feira (9), no Rio de Janeiro, deixou em aberto um vazio artístico e afetivo causado por sua partida, mas também o futuro de sua herança. Aos 75 anos, a cantora partiu sem deixar familiares próximos conhecidos nem testamento registrado, o que gera incerteza sobre o destino de seus bens e dos direitos autorais de sua vasta obra musical. Fernando Freitas, empresário, assessor e vizinho de longa data, foi quem assumiu a responsabilidade pela organização do velório e do sepultamento.
Em entrevista à Quem, Fernando relatou que, diante da ausência de parentes imediatos, coube a ele conduzir a despedida da artista. Segundo o empresário, o estado de saúde de Ângela já era delicado, com complicações respiratórias e circulatórias que exigiram internação hospitalar. Apesar de todos os cuidados médicos, a cantora não resistiu. “Tudo foi tentado, o hospital atendeu muitíssimo bem, todas as atenções foram prestadas, mas chegou o momento em que a despedida se fazia necessária”, comentou, em tom sereno.
Sobre a herança, Fernando admitiu que nada está definido e que sequer há informações claras sobre eventuais familiares que poderiam assumir esse legado. Ele destacou que a artista recebia anualmente valores relativos a direitos autorais, mas sem testamento ou herdeiros diretos conhecidos, o destino desses recursos permanece incerto. Mais do que um assessor, Fernando destacou a relação de proximidade que tinha com Ângela: “Ela falava comigo, às vezes, pelo interfone do prédio. Daí a intimidade que ela trazia comigo”. Para ele, neste momento, a prioridade foi honrar a memória de uma das vozes mais marcantes da música brasileira, enquanto o futuro de seu patrimônio ainda aguarda definição.