Todos os anos, o nome de Celso Portiolli volta aos holofotes nas redes sociais no dia 11 de setembro, por conta de uma brincadeira que viralizou na internet. A associação entre o apresentador do Domingo Legal, do SBT, e os ataques às Torres Gêmeas, em Nova York, começou como uma piada no Facebook e, desde então, é retomada anualmente por internautas.
A origem do meme está em uma montagem que mostra Portiolli dentro de um avião, com duas torres ao fundo — aludindo, de forma cômica, ao atentado de 2001. A brincadeira ganhou força com a criação da página “Celso Portiolli não teve nada a ver com o 11 de setembro”, também no Facebook.
Em entrevista ao podcast Flow, o apresentador comentou o caso com bom humor, embora tenha revelado que, no início, ficou incomodado.
“No começo, fiquei muito bravo. Como me associam à maior tragédia de todos os tempos? Fiquei muito pistola”, disse.
“Na verdade, isso começou em Portugal, com um humorista de lá. Depois, alguém trouxe a piada para o Brasil com o meu nome”, contou.
Apesar da repercussão cômica, Portiolli disse que já teve receio de que a brincadeira causasse problemas fora da internet:
“Tive medo de um dia ser questionado na alfândega. Uma vez, postei uma foto em Israel com palavras em hebraico e umas torres ao fundo, e já começaram a fazer piada. É impressionante! Hoje, qualquer post meu vira motivo de associação ao 11 de setembro”, relatou, com ironia.
Uma Data de Luto Pessoal
Embora lide com o assunto de forma leve, Portiolli também já expressou incômodo com a repetição da piada — principalmente porque o 11 de setembro é uma data dolorosa para ele: foi o dia da morte de seu pai.
Em uma resposta no antigo Twitter (hoje X), ele chegou a ameaçar bloquear usuários que insistissem na brincadeira:
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“Desculpa, vou te dar block. Ler a mesma piada 100 vezes por dia tá difícil, e 11 de setembro é o dia da morte do meu pai. Então, sempre é uma sensação ruim”, escreveu em 2021.
Em 2024, ele voltou a comentar o assunto nas redes, dessa vez com um tom mais reflexivo.
“Entendo o humor por trás, mas muitas vezes acho a brincadeira de mau gosto. E é impossível não lembrar que essa data também marcou a perda do meu querido pai”, afirmou no Instagram.
O apresentador também fez questão de lembrar a gravidade do episódio histórico:
“Embora eu leve a vida com leveza e saiba que muitas dessas piadas não têm maldade, é importante lembrar que esse dia carrega um peso real — tanto para o mundo quanto para mim. Quem já visitou o Memorial e o Museu do 11 de Setembro, em Nova York, sabe como é impossível não sentir a dor e a profundidade desse acontecimento que marcou a história.”
Diretor de Redação
Clayton Matos é jornalista formado na Universidade Federal do Pará no curso de comunicação social com habilitação em jornalismo. Trabalha no DIÁRIO DO PARÁ desde 2000, iniciando como estagiário no caderno Bola, passando por outras editorias. Hoje é repórter, colunista de esportes, editor e diretor de redação.
