Segundo o último Boletim Info Gripe da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), divulgado em 4 de setembro, algumas capitais brasileiras apresentam sinal de alerta ou alto risco para a Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), com tendência de crescimento em longo prazo. Entre elas está Belém (PA), que acendeu o sinal de atenção para os serviços de saúde.
De acordo com a enfermeira Giorlanda Saraiva, do Departamento de Vigilância à Saúde da Secretaria Municipal de Saúde de Belém (Sesma), a SRAG é caracterizada pela evolução de um quadro gripal com agravamento dos sintomas.
“A SRAG é a Síndrome Respiratória Aguda Grave. Esse paciente começa com uma síndrome gripal (tosse, febre, dor de cabeça, congestão nasal, coriza) e evolui com piora, apresentando sintomas como falta de ar (dispneia), coloração arroxeada nos lábios (cianose) ou pressão persistente no tórax. Quando há necessidade de internação, o caso é considerado SRAG”, explica.
Saraiva alerta que os grupos mais vulneráveis à doença são os idosos, crianças, gestantes e pessoas com comorbidades ou doenças crônicas. “Essas pessoas fazem parte do grupo de risco e devem ser acompanhadas com atenção redobrada”, reforça.
Transmissão
A transmissão da SRAG se dá principalmente de pessoa para pessoa, por meio de gotículas eliminadas na fala, tosse ou espirro. “Se você estiver próximo a alguém gripado, com sintomas respiratórios, pode ser contaminado. A gripe costuma ser o primeiro estágio, e depois pode evoluir para algo mais grave”, destaca a enfermeira.
Entre os sinais de alerta para a evolução da gripe para SRAG, Saraiva cita o cansaço excessivo, dificuldade para respirar, queda na saturação de oxigênio e sensação de falta de ar durante esforços leves. “Se esses sintomas aparecerem, a recomendação é procurar imediatamente um serviço de saúde para avaliação”, orienta.
PREVENÇÃO
A Sesma vem monitorando os dados locais e reforçando as estratégias de prevenção, com destaque para a vacinação contra Influenza e Covid-19, vírus que circulam durante todo o ano e podem desencadear quadros graves de SRAG. “A população deve procurar as unidades de saúde para se vacinar. A imunização é fundamental para reduzir os riscos de evolução para casos graves”, afirma Giordana Saraiva.
Além da vacinação, ela destaca outras medidas preventivas importantes: “O uso de máscara por quem estiver com sintomas gripais, o cuidado ao conviver com idosos e crianças, a higienização frequente das mãos com água, sabão ou álcool em gel, e evitar aglomerações quando possível. São ações simples que ajudam a conter a transmissão”.
Com o alerta aceso, a recomendação das autoridades de saúde é clara: redobrar os cuidados, especialmente com os grupos vulneráveis, e não negligenciar os primeiros sinais da doença.
Campanha de Vacinação em Belém
Nesta quarta-feira (10), a Unidade Básica de Saúde (UBS) Portal da Amazônia atendeu várias pessoas que buscavam atualizar a carteira de vacinação e tomar a dose de reforço contra a Covid-19. O atendimento foi ágil e sem filas longas, o que garantiu que todos fossem atendidos rapidamente ao chegarem.
A comerciante Valéria Garcia e o esposo João Garcia aproveitaram a manhã para se imunizarem juntos contra a Covid-19. “A gente precisa tomar a dose de reforço e aproveitamos para fazermos juntos. A gente não pode se descuidar da saúde”, afirmou Valéria, destacando a importância da imunização para a proteção do casal.
Quem também marcou presença foi a servidora Tatiana Vidal, que levou a filha Eloá, de 6 anos, para receber a vacina contra varicela e reforçar a imunização infantil. “Nós, pais, temos o dever de proteger nossos filhos e sempre ter a preocupação de eles estarem com o calendário vacinal em dia. Com saúde não se brinca”, reforçou Tatiana.
Já a estudante Vitória Alane compareceu à UBS para tomar a dose de reforço contra a Covid-19, necessária para iniciar seu estágio. “É muito importante a gente manter as vacinas em dia. Todos nós precisamos ter essa consciência, a prevenção é a melhor escolha”, destacou.