FILME DE TERROR

Papão da Curuzu em: "Invocação do Márcio"

Com o Papão em perigo mais uma vez, Márcio Fernandes retorna para lutar contra os demônios da temporada e tentar salvar o time da queda.

Como no cinema, a assombração se repete: Márcio Fernandes volta ao Paysandu para enfrentar o reflexo sombrio da crise na Série B - Foto: Jorge Luis Totti/PSC - Arte: D'Ângelo Valente
Como no cinema, a assombração se repete: Márcio Fernandes volta ao Paysandu para enfrentar o reflexo sombrio da crise na Série B - Foto: Jorge Luis Totti/PSC - Arte: D'Ângelo Valente

A Curuzu voltou a tremer com o retorno de um velho exorcista dos infortúnios bicolores. Márcio Fernandes teve seu anúncio confirmado na tarde de ontem (9) e inicia sua quarta passagem pelo Paysandu. É a primeira como atleta, em 1981, e as demais como treinador. A primeira vez no comando foi em 2022, a segunda se estendeu de 2023 até o começo deste ano. Agora, após sete meses, ele retorna com uma missão urgente: tentar solucionar os casos paranormais que se instalaram neste ano na Série B. Derrotas seguidas em casa, resultados desastrosos fora, sequência ingrata e o fantasma do rebaixamento sempre no cangote da equipe, puxando o pé do Papão para o Z4, têm deixado até o torcedor ateu cada vez mais ‘cabreiro’.

Assim como em “Invocação do Mal 4”, de James Wan, em que as assombrações se manifestam com agressões físicas, pelas bandas do Vovô da Cidade a torcida bicolor tem protagonizado protestos mais acalorados, seja pós-jogo ou em momentos específicos da temporada. No filme, o terror chega com um artefato dado pela filha mais nova, um espelho. Enquanto no Paysandu, a “visagem” persiste desde o ano passado também em reflexo. No caso, refletindo o mesmo pífio aproveitamento que obrigou o time a lutar até as rodadas finais em 2024 para não cair. Hoje, cinco derrotas consecutivas reforçam a sensação de que a entidade demoníaca ronda o campo e acompanha cada passo do Papão. Dessa forma, a paciência e a fé da Fiel são testadas em cada lance.

Márcio Fernandes e o desafio paranormal no Papão

Márcio Fernandes, mais uma vez, assume o papel de protagonista capaz de enfrentar essa força invisível. Sua tarefa será reorganizar o elenco, devolver confiança ao grupo e exorcizar o fantasma que insiste em rondar a Curuzu e puxar a alma alviceleste para as profundezas. O histórico ajuda: na última passagem, conseguiu livrar o time do rebaixamento. Agora, a missão é ainda mais urgente. Afinal, a assombração não descansou, continuando a pressionar o Papão a cada erro ou vacilo dentro e fora de casa. E a torcida se mantém em estado de alerta, vigilante, como se a cada partida um novo espasmo sobrenatural pudesse acontecer.

E como no filme, o grande vilão precisa ser reconhecido. Para a Fiel, Roger Aguilera se apresenta como o “maligno” responsável pelas decisões equivocadas no início da temporada, abrindo portas para que a direção sombria se estabelecesse. Se no cinema a solução passa por fé e coragem, na Curuzu a saída exige estratégia, trabalho e liderança. O comandante terá de guiar o Papão entre as sombras, transformar derrotas em aprendizado e escrever um capítulo final em que o fantasma do rebaixamento finalmente seja exorcizado, devolvendo à torcida esperança, tranquilidade e a sensação de que a Curuzu pode voltar a ser território seguro para o Papão.