Na disputa por uma vaga na Série A do Campeonato Brasileiro, o Clube do Remo aproveitou o último período de transferências para fortalecer seu elenco. Esta semana, o clube apresentará três novos jogadores que chegaram nesse período. O volante Nathan foi apresentado na terça-feira, hoje será a vez do lateral-esquerdo Jorge e, amanhã, o meio-campista grego Pana Tachtsidis. Aliás, essa postura é um indicativo claro da ambição do Leão Azul em se manter na parte superior da tabela e garantir uma posição entre os quatro primeiros colocados na reta final da competição.
O novo atleta contratado pelo Leão Azul participou de apenas quatro partidas na temporada atual, sem ter sido escalado como titular em seu clube anterior, o Grêmio-GS. Em 2023, sua primeira temporada no clube gaúcho, ele atuou em 26 jogos, e em 2024 foram apenas 17. Revelado nas categorias de base do Athletico-PR, Nathan demonstrou grande potencial ainda jovem, chegando à Seleção Brasileira Sub-17, onde marcou cinco gols em cinco jogos na Copa do Mundo da categoria. Além disso, ele também integrou a Seleção no Sul-Americano Sub-20. Em 2015, foi contratado pelo Chelsea, mas não chegou a atuar pelo clube da capital inglesa. Ele foi emprestado ao Vitesse, da Holanda, ao Amiens, da França, e ao Belenenses, de Portugal, antes de ser contratado pelo Atlético-MG, em 2018.
Foi no Galo que Nathan vivenciou seus momentos de maior destaque e atuou pela maior parte de sua trajetória profissional. Ele integrou o elenco campeão brasileiro e da Copa do Brasil em 2021. No ano seguinte, foi emprestado ao Fluminense-RJ, onde teve poucas oportunidades, até sua transferência definitiva para o Grêmio.
Ele quer jogar!
Nathan admitiu que está sem ritmo de jogo, mas se for preciso pode entrar em campo já neste fim de semana. “Faz mais ou menos uns três meses, três meses e pouco, do meu último jogo. Mas eu vinha treinando normalmente e estou à disposição. O professor está vendo os meus treinamentos e eu espero poder ajudar”, disse o atleta. O meio-campista falou ontem pela primeira vez como jogador do Remo, se disse pronto para entrar em campo, mesmo que não por 90 minutos, falou das primeiras impressões dos novos companheiros e explicou a razão do apelido Pescador.
Convite azulino I
“Acho que além do projeto que foi apresentado, a paixão da torcida me chamou atenção. Eu vi uma matéria que [a torcida] estava entre as 20 maiores torcidas do Brasil. Isso daí, querendo ou não, é um motivo a mais para eu poder vir para cá. É sempre um motivo especial para poder fazer história no clube também. Por onde eu passei eu sempre tentei ganhar títulos e aqui também não vai ser diferente. Porque não sonhar, talvez, com o título da Série B e o acesso?”.
Convite azulino II
“O Braz ligou, eu falei pro meu pai, ‘Pô, o Braz, tudo que ele já conquistou no futebol’, então, quando ele ligou eu falei ‘vamos embora’. Eu quero esse desafio também para mim. E eu vou fazer de tudo para ajudar. Eu não tenho nenhum acesso na carreira, será a primeira vez que eu vou atuar na Série B, mas títulos eu acho que tem cinco ou seis já, talvez até mais. Agora o meu foco total é aqui, quero poder ajudar o Remo a subir para a Série A”.
Forma de jogar
“Sou um jogador que tento me adaptar o mais rápido ao time. Independentemente da posição que o professor precise que eu jogue, se precisar jogar no meio, eu jogo no meio. Se precisar fazer as pontas, eu também sei atuar por ali, porque eu já joguei em outros clubes também pelas pontas. Estou preparado, me dedicando bastante, a questão da adaptação é um pouquinho diferente, eu estava lá no Sul, muito frio, mas isso daí é coisa rápida. Agora é focar que final de semana tem mais uma final para nós, um jogo querendo ou não, decisivo. É continuar focado, o time está numa batida muito boa, é tentar se encaixar o mais rápido possível e, se puder, estrear já também”.
Primeiras impressões
“Como eu, apesar de ser um pouco novo, já tive bastante rodagem, com toda certeza esse é um dos elencos que eu vejo que é mais unido, do dia a dia ali. O grupo é muito focado, trabalha muito. A gente chega muito cedo aqui, já faz todo o trabalho e eu tenho certeza que se continuar assim o acesso vai vir”.
Apelido
“Eu já venho de família que sempre gostou muito de pescaria. Nas minhas horas vagas eu sou um cara muito reservado, não gosto de farra, sou um cara muito família. Então, nas minhas horas vagas, eu procuro dar uma saída para ficar em contato com a natureza. Querendo ou não, no mundo do futebol, é sempre uma loucura. A cabeça do cara fica a milhão. Então, nas horas vagas eu sempre procuro dar uma pescada para dar uma descontraída também”.