MP COBRA ANDAMENTO DAS OBRAS

R$ 30 milhões parados: Hospital Pediátrico de Ananindeua continua sem funcionar

Município confirmou ao MP que nova empresa foi contratada, mas contrato ainda não foi assinado; hospital teve investimento de R$ 30 milhões do Governo do Estado.

Município confirmou ao MP que nova empresa foi contratada, mas contrato ainda não foi assinado; hospital teve investimento de R$ 30 milhões
Município confirmou ao MP que nova empresa foi contratada, mas contrato ainda não foi assinado; hospital teve investimento de R$ 30 milhões

Na manhã desta terça-feira (9), a promotora de Justiça Gruchenhka Oliveira Baptista Freire, titular da 2ª Promotoria de Justiça de Direitos Constitucionais Fundamentais, Defesa do Patrimônio Público e da Moralidade Administrativa de Ananindeua, se reuniu com representantes da Prefeitura para tratar do andamento das obras do Hospital Pediátrico do município. A reunião ocorreu no gabinete da Promotoria e teve como pauta principal a Notícia de Fato nº 01.2025.00019280-5, que apura o atraso e a paralisação da construção da unidade, além da análise sobre o repasse integral das verbas destinadas à sua conclusão.

Durante o encontro, os representantes da gestão municipal confirmaram que as obras estão paralisadas. A construção do hospital teve início em 2020, com investimento inicial de R$ 30 milhões repassados pelo Governo do Estado. A estrutura será o primeiro hospital infantil de Ananindeua, projetado para atender crianças e adolescentes de até 14 anos, com capacidade para 70 leitos, ambulatórios de urgência e emergência, aparelhos de Raio-X e uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI).

Prefeito Daniel Santos em visita à obra em 2022: prefeitura recebeu verba milionária do Governo, mas nada andou.
Prefeito Daniel Santos em visita à obra em 2022: prefeitura recebeu verba milionária do Governo, mas nada andou.

A unidade está sendo construída na Cidade Nova 6 e teria perfil de retaguarda clínica e cirúrgica, contando ainda com atendimento ambulatorial, bloco cirúrgico, UTI pediátrica, enfermaria, laboratório, farmácia, tomografia, brinquedoteca, consultórios, nutrição, entre outros serviços. O projeto também incluía itens de acessibilidade, como rampas, sinalização sonora, elevadores e estrutura para ambulâncias.

Prefeitura culpa empresa; prazo para retomada sem previsão

A Prefeitura de Ananindeua atribuiu o atraso à empresa anteriormente contratada para a execução da obra. Segundo a administração municipal, a rescisão contratual já foi feita e um novo processo licitatório foi concluído. A empresa Egekrom Construtora Ltda. venceu a licitação e será responsável pela continuidade das obras.

No entanto, a gestão informou que, até o momento, o contrato ainda não foi assinado, pois os trâmites burocráticos seguem em andamento. Não há, portanto, previsão concreta para a retomada das atividades no canteiro de obras.

Clayton Matos

Diretor de Redação

Clayton Matos é jornalista formado na Universidade Federal do Pará no curso de comunicação social com habilitação em jornalismo. Trabalha no DIÁRIO DO PARÁ desde 2000, iniciando como estagiário no caderno Bola, passando por outras editorias. Hoje é repórter, colunista de esportes, editor e diretor de redação.

Clayton Matos é jornalista formado na Universidade Federal do Pará no curso de comunicação social com habilitação em jornalismo. Trabalha no DIÁRIO DO PARÁ desde 2000, iniciando como estagiário no caderno Bola, passando por outras editorias. Hoje é repórter, colunista de esportes, editor e diretor de redação.