MAUS-TRATOS E CÁRCERE PRIVADO

Clínica de horrores é descoberta na Grande Belém; gritos chamaram atenção

Clínica clandestina sem licença mantinha adolescentes sob cárcere privado em Marituba

⚠️ Adolescentes eram trancados e alimentados com comida estragada em clínica ilegal
Adolescentes eram trancados e alimentados com comida estragada em clínica ilegal. Foto: PCPA

Na manhã desta sexta-feira (5), uma operação conjunta da Divisão de Atendimento ao Adolescente (DATA) de Ananindeua e do Conselho Tutelar II de Marituba resultou na prisão de duas pessoas em uma clínica terapêutica clandestina localizada no bairro São João, em Marituba, Região Metropolitana de Belém (RMB).

A ação, batizada de “Operação Resgate”, teve início após denúncias de maus-tratos contra adolescentes internados na unidade, que não possuía autorização para funcionamento. Durante a diligência, a equipe policial foi impedida de entrar no local por um segurança. Do lado de fora, era possível ouvir gritos de socorro vindos de dentro da clínica, o que levou os agentes a solicitar apoio da Polícia Militar e da Guarda Municipal de Marituba.

Clínica Clandestina em Marituba: Maus-tratos e Detenções

Após cerca de uma hora, os agentes conseguiram acessar o imóvel pelos fundos. No local, encontraram adolescentes trancados em quartos, que relataram constantes agressões físicas, alimentos estragados e condições precárias de higiene e infraestrutura.

De acordo com a delegada Camila Jeha, responsável pela investigação, a clínica era alvo recorrente de denúncias e não estava registrada junto aos órgãos municipais competentes.

Detalhes da Operação e Prisões

Durante a operação, o segurança da clínica foi preso em flagrante por obstrução da Justiça e resistência, e a gerente do local foi detida por maus-tratos e cárcere privado. Ambos foram conduzidos à delegacia especializada, onde permanecem à disposição da Justiça.

As investigações continuam para apurar possíveis responsabilidades adicionais e identificar outros envolvidos.

Clayton Matos

Diretor de Redação

Clayton Matos é jornalista formado na Universidade Federal do Pará no curso de comunicação social com habilitação em jornalismo. Trabalha no DIÁRIO DO PARÁ desde 2000, iniciando como estagiário no caderno Bola, passando por outras editorias. Hoje é repórter, colunista de esportes, editor e diretor de redação.

Clayton Matos é jornalista formado na Universidade Federal do Pará no curso de comunicação social com habilitação em jornalismo. Trabalha no DIÁRIO DO PARÁ desde 2000, iniciando como estagiário no caderno Bola, passando por outras editorias. Hoje é repórter, colunista de esportes, editor e diretor de redação.