Em uma cerimônia histórica realizada neste domingo (7) na Praça de São Pedro, no Vaticano, o Papa Leão XIV canonizou Carlo Acutis e Pier Giorgio Frassati, agora oficialmente reconhecidos como santos da Igreja Católica.
Carlo Acutis tornou-se o primeiro santo millennial, conhecido por usar a tecnologia para evangelizar, enquanto Frassati foi lembrado por sua vida de fé, caridade e compromisso social. Durante a celebração, o Papa destacou a juventude dos novos santos e a atualidade de seus exemplos.
“Às vezes, os retratamos como grandes personagens, esquecendo que tudo começou quando, ainda jovens, disseram ‘sim’ a Deus, entregando-se totalmente”, afirmou o pontífice. “Não eu, mas Deus”, dizia Carlo. E Pier Giorgio dizia: “Se tiveres Deus no centro de todas as tuas ações, chegarás até ao fim”.”
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🧗 Pier Giorgio Frassati: fé, juventude e solidariedade
Nascido em Turim, Itália, em 1901, Pier Giorgio Frassati foi criado entre o agnosticismo do pai, o jornalista Alfredo Frassati, e a religiosidade da mãe, a artista Adelaide Ametis. Ainda jovem, mergulhou na fé católica e tornou-se conhecido por seus atos de caridade — distribuía mantimentos, visitava doentes e ajudava os mais pobres.
Chamado pelos amigos de “Empresa de Transporte Frassati”, devido às muitas doações que carregava pessoalmente, Frassati também era alpinista, estudante de engenharia mecânica, e ativo em movimentos sociais e políticos cristãos.
Faleceu em 1925, aos 24 anos, após contrair poliomielite durante uma visita a doentes. Seu funeral foi acompanhado por centenas de pobres e operários — revelando à própria família a dimensão de sua vida de serviço silencioso.
Em novembro de 2024, o Papa Francisco reconheceu um milagre atribuído a Frassati: a cura inexplicável de um seminarista nos Estados Unidos que sofreu uma grave lesão no tendão de Aquiles. Após uma novena ao jovem beato, o seminarista relatou uma súbita melhora — confirmada por especialistas do Vaticano, abrindo caminho para sua canonização.
Diretor de Redação
Clayton Matos é jornalista formado na Universidade Federal do Pará no curso de comunicação social com habilitação em jornalismo. Trabalha no DIÁRIO DO PARÁ desde 2000, iniciando como estagiário no caderno Bola, passando por outras editorias. Hoje é repórter, colunista de esportes, editor e diretor de redação.
