PRESSÃO DE TODO LADO

Cobranças mudam de alvo: Claudinei vira foco da torcida do Paysandu

Sem reforços e sem vitórias, Paysandu entra em rota de colisão com a torcida

Foto: Jorge Luís Totti/Paysandu
Paysandu chega a setembro pressionado por sequência sem vitóriasFoto: Jorge Luís Totti/Paysandu

O Paysandu vive um momento em que a paciência da torcida começa a se desgastar de forma visível. A derrota mais recente, a quarta consecutiva, consolidou o sétimo jogo seguido sem vitória e manteve o clube em situação incômoda na lanterna da Série B. Mais do que os números, chama atenção a mudança de tom em torno das críticas. Antes, a diretoria era o alvo principal, sobretudo em função do transferban que impediu contratações. Agora, as cobranças se voltam também para o treinador Claudinei Oliveira, que, embora enfrente limitações claras, já teve tempo razoável para imprimir sua filosofia de jogo.

O mês de agosto foi, literalmente, de desgosto para o Papão. Em cinco partidas disputadas, foram quatro derrotas e apenas um empate, com duas dessas derrotas ocorrendo em casa. A sequência acentuou a frustração da torcida, que viu o time apresentar lampejos de competitividade em determinados momentos, mas sucumbir fisicamente e taticamente na reta final dos confrontos. A repetição desse padrão expõe a falta de consistência e reforça a ideia de que, mesmo com dificuldades extracampo, há espaço para ajustes que ainda não foram entregues.

Pressão sobre Claudinei Oliveira aumenta

Não se pode ignorar que a gestão recente do clube deixou cicatrizes. O transferban, já quitado, impossibilitou a chegada de reforços em um período crucial. Ainda assim, o holofote da torcida vira em direção agora para Claudinei Oliveira que passa a ser cobrado com tom mais efusivo, já que, na análise da torcida, já poderia ter encontrado alternativas dentro do elenco, ou ao menos apresentado um modelo de jogo mais sólido diante das adversidades. O tempo de trabalho, somado ao discurso de evolução, contrasta com a realidade de um time que parece esgotado antes mesmo do apito final. É nesse ponto que a pressão cresce, já que a paciência da torcida encontra limites claros quando o time amarga a última colocação.

Cenário do Paysandu e Perspectivas Futuras

Se o cenário não mudar, a tendência é que as cobranças se tornem mais acaloradas. O Paysandu chega a setembro com a missão urgente de reencontrar o caminho das vitórias e sair da corda bamba que ameaça comprometer toda a temporada. O desafio não é pequeno: será necessário recuperar confiança, corrigir falhas recorrentes e, sobretudo, mostrar que existe margem de crescimento, mesmo dentro de um elenco limitado. Caso contrário, a sequência indigesta pode se transformar em uma crise de proporções ainda maiores.

Clayton Matos

Diretor de Redação

Clayton Matos é jornalista formado na Universidade Federal do Pará no curso de comunicação social com habilitação em jornalismo. Trabalha no DIÁRIO DO PARÁ desde 2000, iniciando como estagiário no caderno Bola, passando por outras editorias. Hoje é repórter, colunista de esportes, editor e diretor de redação.

Clayton Matos é jornalista formado na Universidade Federal do Pará no curso de comunicação social com habilitação em jornalismo. Trabalha no DIÁRIO DO PARÁ desde 2000, iniciando como estagiário no caderno Bola, passando por outras editorias. Hoje é repórter, colunista de esportes, editor e diretor de redação.