O Papão poderia ter saído com um bom resultado do estádio Rei Pelé, no sábado. Chegou perto disso ao usar uma estratégia que funcionou bem no 1º tempo. A bola ficou com os donos da casa, mas as melhores chances couberam ao Papão, que acabou castigado pelos erros de finalização. Na etapa final, o CRB marcou duas vezes e garantiu a vitória.
Além do gol sofrido aos 3 minutos do 2º tempo, numa falha de marcação sobre Thiaguinho, que teve liberdade para dominar e bater para o gol, o PSC teve um problema extra: a árbitra Edna Alves não deu penalidade sobre Leandro Vilela, o que tirou a possibilidade de um empate, aos 47’.
O desenrolar do jogo não foi tão complicado como se imaginava. O CRB foi melhor na primeira etapa porque trocava passes com acerto e rondava sempre a área do PSC, mas era pouco objetivo. Claudinei armou o time com três atacantes, com Marlon apoiando o ataque quando necessário.
Diogo Oliveira perdeu duas chances, Marlon outra e Reverson quase abriu o placar com um míssil disparado da intermediária. Toda a boa movimentação inicial caiu por terra com o vacilo cometido no começo da segunda etapa, permitindo a vantagem ao CRB.
Ocorre que os donos da casa recuaram muito, satisfeitos com o 1 a 0 e cederam espaço para o PSC atacar à vontade. O time paraense conduzia a bola, cercava a área e apelava para cruzamentos, nenhum direcionado ao seu principal cabeceador, Diogo Oliveira.
A chance do empate veio quase aos 40’, quando um zagueiro recuou a bola para o goleiro e Diogo se antecipou, desviando a bola com perigo. Minutos depois, aconteceu o lance do pênalti. Vilela espertamente colocou o pé à frente do zagueiro Henri, recebendo um chute por trás. A árbitra não deu a infração e, depois de chamada pelo VAR, manteve a decisão.
No prosseguimento da partida, o CRB saiu em contra-ataque e Dadá Belmonte foi lançado na área por Pottker. Belmonte driblou o goleiro Gabriel e passou para Mikael finalizar, fechando o placar em 2 a 0.
São justos os protestos pela não marcação do pênalti, que poderia ter mudado a história do jogo. Cabe observar, porém, que o time foi ineficiente nas finalizações, pecado grave em competição tão equilibrada. Quando teve a bola em seu poder, a equipe não foi capaz de superar a marcação do CRB.
Depois de quatro derrotas seguidas, ocupando a lanterna com 21 pontos e distante sete pontos do primeiro time fora do Z4, o Papão entrou na chamada fase crítica da competição quanto ao risco de rebaixamento.
Muitas apostas e raros acertos na atual janela
O Remo está contratando a rodo nesta Série B, mas trouxe vários jogadores de qualidade duvidosa. Nos últimos dias, chegaram mais dois: Yago e João Pedro. Como outras aquisições, nenhum desses atletas podem ser considerados como reforços. Por ora, Eduardo Melo, Yago, Kawan, Nathan Camargo, Pedro Costa, Kayky, Freitas e Nico Ferreira são peças de composição de elenco, quando muito.
É fato que a política de contratações sofre os efeitos das leis do mercado. A três meses do final da Série B, é natural que diminua a oferta de jogadores qualificados. Sobram opções de aposta e risco. É justamente o que tem feito o Remo investir em nomes desconhecidos, que não mostraram estar acima de peças que já estavam no elenco.
No fim de semana, circulou a informação de que o atacante Pedrinho, ex-Santos e Cuiabá, está em vias de ser anunciado. Com problemas de comportamento nos times anteriores, Pedrinho chega como alternativa para os lados do campo, onde o Remo só tem Janderson, que está lesionado.
O atacante João Pedro, que já treina no Baenão, entra na vaga aberta com a saída de Matheus Davó, negociado com o futebol israelense.
Há a possibilidade de contratação de mais três jogadores até o fim da janela de transferências. Tudo isso em meio às muitas dúvidas quanto à permanência de Antônio Oliveira no comando técnico, sendo que o nome de Guto Ferreira vem sendo especulado no clube.
Na sexta-feira (17h), o Remo joga em Manaus contra o Amazonas, precisando vencer para manter viva a esperança de brigar pelo acesso à Primeira Divisão.
Menino Ney segue mimado e descontrolado
Neymar interpretou o seu habitual papel, ontem, na partida entre Santos e Fluminense. Considerado ainda um supercraque por alguns distraídos, algo que deixou de ser há pelo menos quatro temporadas, o atacante rolou pelo gramado queixando-se de dores e peitou o árbitro Wilton Pereira Sampaio, que deu o amarelo e amarelou no momento de aplicar o vermelho.
O jogo terminou empatado em 0 a 0, o Santos continua na zona de rebaixamento e Neymar mostra-se cada vez mais destemperado e menos útil ao time. Nervoso com a marcação, que nem é tão agressiva com ele, ofende os árbitros e faz gestos desrespeitosos em direção aos companheiros. A receita perfeita para o fiasco completo.