Depois de um domingo de folga, o elenco do Clube do Remo volta aos treinos nesta segunda-feira (1), pela manhã, já visando o próximo compromisso pela Série B do Campeonato Brasileiro. Na sexta-feira (5), em Manaus (AM), o Leão Azul encara o Amazonas-AM, em jogo válido pela 25ª rodada da competição.
Mesmo ainda estando numa situação relativamente confortável dentro da Segundona, o jogo tem um caráter de sobrevivência, seja para a manutenção da briga pelo acesso à primeira divisão do ano que vem, e até para a continuidade do trabalho da comissão técnica encabeçada, até aqui, por António Oliveira.
O técnico português tem sido muito contestado por causa da campanha até aqui. Desde que assumiu o Leão Azul, o time deixou de lutar pelo G4 para se firmar numa posição mais abaixo da tabela, praticamente intermediária. Após a derrota em casa de 1 a 0 para o Criciúma-SC, na semana passada, curiosamente num dia em que o Remo teve um bom desempenho, pecando apenas nas finalizações, o seu nome chegou a ser dado como certo como demitido. Vários portais chegaram a cravar a notícia de que ele já tinha ido embora. No entanto, ele continuou comandando o treino na sexta e no sábado e estará nesta segunda-feira no Baenão. Ainda assim, para muitos, pode ser uma despedida.
Entre as especulações quanto a permanência do treinador estaria o não consenso quanto a forma de demissão. Para vir a Belém, Oliveira teria aceitado uma diminuição de salário para receber no Remo e, entre os acordados, estaria o pagamento de dois salários à vista em caso de demissão, o que o clube azulino não conseguiria fazer agora, o que pode ser mudado diante de uma negociação do atacante Matheus Davó com um clube israelense. Neste domingo, através das redes sociais, o Remo confirmou a saída do jogador, sem mencionar o destino dele.
Comentários dão conta também de que um outro treinador já teria se contatado e acertado a sua vinda, dependendo obviamente do distrato com o atual. Nada disso é confirmado, nada disso é oficial. Por enquanto, o Remo é o mesmo que vem na disputa da série B. O executivo de futebol Marcos Braz, em entrevista, comentou sobre a situação do clube, sobre uma possível troca de comando, deixando claro que tudo que será feito será em prol do Remo.
Declarações de Marcos Braz
Pressão diária
“Quem trabalha em clube de massa tem que estar acostumado com pressão, tem que suportar pressão. Isso não quer dizer que você esteja querendo afrontar qualquer tipo de situação, somente você tem que estar acostumado a algumas demandas que são diferentes em clubes que não tem torcida. (…) Eu tenho noção exata do tamanho e da responsabilidade que é trabalhar no Remo”.
Amizade x Profissionalismo
“Eu tenho amizade com Jorge Jesus, Vitor Pereira e com outros 300 treinadores profissionais. Uns que saíram, outros que eu demiti. Assim, esse aqui eu tenho uma boa relação como eu tenho com tantos outros que eu demiti. (…) Deixar claro que o meu comprometimento é com o Remo e com a minha história no futebol. Eu não vou botar nenhuma relação pra botar em jogo a minha história no futebol”.
Críticas contínuas
“Não tem problema nenhum pra mim, não me tira o sono um segundo. O que me tira o sono é a crítica responsável, é a crítica”.
Futuro e Reforços
“O Remo ainda está no mercado, trazendo jogadores, jogadores de vários lugares. Se eu estou trazendo até jogador já, lógico, aí já tem que ser um custo mais baixo para que a gente já esteja aqui para o ano que vem, seja lá qual for a série, principalmente sendo jogador que esteja apto a estar numa série A, defendendo a camisa do Remo ou não, mas assim, eu já estou ajustando em relação a isso. Pensando no futuro”
Olhos no futuro
“Eu não posso abdicar do futuro, eu não posso abdicar desse tempo aqui. A gente tem que ser chato nisso. Para a gente mostrar o que está sendo feito aqui, de estrutura, de obra, de muita situação e principalmente o comprometimento da diretoria para resolver a parte de certidão do clube, que isso vai ser divisor de águas na história do Clube do Remo”.