ENTENDA O CASO

Paraense que viveu com Estado Islâmico chega ao país depois de quase uma década

Karina passou nove anos no Oriente Médio, tendo se juntado ao grupo terrorista após desaparecer de Belém em 2016, quando tinha apenas 23 anos

A paraense Karina Raiol, de 29 anos, está presa desde 2016 em um campo de refugiados na Síria, após ser manipulada a se casar com um membro do Estado Islâmico (EI).
Única brasileira viva que integrou Estado Islâmico volta ao Brasil após 9 anos!

Após quase uma década desaparecida, a paraense Karina Aylin Rayol Barbosa, de 28 anos, desembarcou no Brasil nesta quinta-feira (27), em um caso que chocou o país e repercute internacionalmente. Considerada pelas autoridades brasileiras a única brasileira ainda viva que integrou o Estado Islâmico (EI) na Síria e no Iraque, Karina chegou ao Aeroporto de Guarulhos (SP) acompanhada por agentes da Polícia Federal e diplomatas.

Karina passou nove anos no Oriente Médio, tendo se juntado ao grupo terrorista após desaparecer de Belém em 2016. Na época, ela era estudante da Universidade Federal do Pará (UFPA) e havia começado a estudar árabe e a se converter ao islamismo. Seu sumiço gerou uma das maiores investigações relacionadas ao aliciamento pelo EI em território brasileiro.

Durante a chegada ao Brasil, Karina estava acompanhada do filho de sete anos, fruto do casamento com um membro do grupo extremista. Ela foi ouvida por duas horas por um delegado da Polícia Federal e, em seguida, entregue à família. O caso segue sob análise das autoridades, que buscam entender os detalhes dessa trajetória inédita no país.

A história da paraense volta a colocar Belém no centro das discussões sobre terrorismo, aliciamento e o impacto do extremismo em brasileiros. Enquanto isso, a população acompanha atentamente os desdobramentos dessa repatriação histórica.

Clayton Matos

Diretor de Redação

Clayton Matos é jornalista formado na Universidade Federal do Pará no curso de comunicação social com habilitação em jornalismo. Trabalha no DIÁRIO DO PARÁ desde 2000, iniciando como estagiário no caderno Bola, passando por outras editorias. Hoje é repórter, colunista de esportes, editor e diretor de redação.

Clayton Matos é jornalista formado na Universidade Federal do Pará no curso de comunicação social com habilitação em jornalismo. Trabalha no DIÁRIO DO PARÁ desde 2000, iniciando como estagiário no caderno Bola, passando por outras editorias. Hoje é repórter, colunista de esportes, editor e diretor de redação.