ENTENDA

Advogado perdoa dívida de mais de R$ 5 mil após erro em Pix

O gesto inusitado, motivado pelo reconhecimento da boa-fé da parte beneficiada, comoveu todos os presentes.

O gesto inusitado, motivado pelo reconhecimento da boa-fé da parte beneficiada, comoveu todos os presentes.
O gesto inusitado, motivado pelo reconhecimento da boa-fé da parte beneficiada, comoveu todos os presentes. Foto: Pixabay

Em uma audiência de conciliação realizada no Juizado Especial Cível de Lages (SC), um advogado surpreendeu ao perdoar uma dívida de mais de R$ 5 mil — valor que havia sido enviado por erro via Pix a uma senhora em situação de vulnerabilidade. O gesto inusitado, motivado pelo reconhecimento da boa-fé da parte beneficiada, comoveu todos os presentes.

Durante a sessão, o profissional optou por abandonar a cobrança, reforçando que a atitude da mulher não suscitou desconfiança ou má-fé, mas sim um equívoco digno de compreensão e empatia.

Advogado Perdoa Dívida de R$ 5 Mil

Sem conseguir contato com ela, o escritório de advocaciaentrou com uma ação para reaver o montante. A audiência no Centro Judiciário de Solução de Conflitos e Cidadania (Cejusc) foi marcada, e a ré compareceu visivelmente nervosa e emocionada. Ela relatou que, ao receber o valor inesperado, tentou descobrir sua origem, mas sem sucesso. O dinheiro, segundo ela, chegou em um momento de extrema necessidade e foi usado para quitar dívidas e resolver problemas urgentes.

Sinceridade toda advogado, que perdoa dívida
Durante o encontro, a sinceridade da mulher, que se propôs pagar R$ 100 por mês, e ainda assim com algum sacrifício, aliada às condições de vida, tocou profundamente o advogado responsável. Após uma breve conversa com os sócios, ele retornou à sala virtual e anunciou que a dívida, que corrigida passava dos R$ 5 mil, estava perdoada

O gesto comoveu não só a mulher e os familiares, mas também os acadêmicos do curso de Direito que acompanhavam a audiência. O juiz Geraldo Corrêa Bastos, titular do Juizado Especial Cível da comarca de Lages, reforçou que o diálogo é a essência da justiça consensual. “Quando as partes se dispõem a ouvir e a compreender o outro, abre-se espaço para soluções mais humanas e duradouras. A conciliação não é apenas um meio de encerrar processos, mas de restaurar relações e promover a paz social”, conclui.