DUELO DE EXTREMA IMPORTÂNCIA

Remo precisa mostrar fome de acesso contra o líder Coritiba

Neste sábado (23), ao entrar no Couto Pereira para enfrentar o líder Coritiba, o Remo, comandado por Antônio Oliveira, deve buscar inspiração na Chapecoense

Remo precisa mostrar fome de acesso contra o líder Coritiba

Quando entrar no Couto Pereira para enfrentar o líder Coritiba, o Remo de Antônio Oliveira deve ter como exemplo a Chapecoense, que ontem aplicou um 4 a 0 contundente sobre o Athletic, em São João Del Rey, esbanjando determinação e objetividade, virtudes que ultimamente andam em baixa na equipe paraense.

Citei a Chape por estar acima do Remo na classificação, ocupando agora o 3º lugar, com 40 pontos, e por mostrar um apetite que todo candidato ao acesso deve ter. 

O time de Gilmar Dal Pozzo é hoje detentor de duas goleadas (sobre Amazonas e Athletic) por 4 a 0, jogando de forma organizada, evitando quedas de rendimento nos jogos que normalmente afetam as equipes.

A espetacular reação no campeonato já dura nove partidas de invencibilidade, com forte reposição de peças e disciplina tática impressionante. O rodízio de jogadores no 2º tempo é muito bem executado, com substituições que encaixam e não permitem perdas técnicas.

Mais do que a vitória acachapante sobre o Athletic, chamou atenção a disposição demonstrada pela Chape, que vem atuando bem tanto dentro quanto fora de casa. É um rendimento de time que quer subir para a Série A e também sonha com o título do campeonato.

Todas essas virtudes têm faltado ao Remo neste período sob o comando de Antônio Oliveira. Mesmo nas vitórias fora de casa, sobre Athletic e América-MG, faltou apuro e coordenação, fazendo com que em boa parte dessas partidas houvesse uma pressão excessiva sobre o setor de defesa.

Para agravar ainda mais a situação, o Remo não conseguiu mais o rendimento que apresentava como mandante no começo da competição. Já perdeu 14 pontos como mandante, número proibitivo para quem almeja subir para a Primeira Divisão.

A partida deste sábado (23) tem importância fundamental na caminhada do Leão na Série B. Com 34 pontos, em quinto lugar na tabela, o time precisa se manter próximo dos quatro primeiros colocados – Coritiba, Goiás, Novorizontino e Chapecoense. Qualquer tropeço significará perda de posição e fôlego na disputa.

A necessidade de vencer é ainda maior pela própria situação de instabilidade do técnico Antônio Oliveira, ameaçado de demissão depois dos recentes tropeços dentro de casa. Talvez por isso mesmo, o time está mais ou menos desenhado num esquema ofensivo.

O meio-de-campo deve ser formado por Caio Vinícius, Jaderson e Diego Hernández. No ataque, Marrony, Matheus Davó e Nico Ferreira. Na prática, o Remo terá uma postura ofensiva. Para ser agressivo, o time naturalmente correrá riscos.

Com uma meia-cancha liderada pelo armador Josué, jogador de extrema habilidade e que vem se destacando na excelente campanha do Coritiba. Além de cuidar da marcação, o Remo terá que criar situações no ataque para chegar ao gol. Uma missão das mais espinhosas.

Bola na Torre

O programa deste domingo (RBATV, às 22h) vai abordar a participação de Remo e Paysandu na 23ª rodada da Série B. Guilherme Guerreiro apresenta, com as participações de Giuseppe Tommaso e deste escriba de Baião. A edição é de Lourdes Cezar e Lino Machado.

Papão lança melhor time possível

Diante do Operário-PR neste domingo, 24, o PSC entra com a obrigação de romper a sequência de tropeços das últimas cinco rodadas, incluindo resultados ruins dentro de casa. Depois de perder a invencibilidade de nove partidas sob o comando de Claudinei Oliveira, os bicolores não conseguiram mais vencer.

A cobrança da torcida volta a pressionar o time em busca de resultados que permitam fugir à zona de rebaixamento. As esperanças se concentram naturalmente na dupla ofensiva que vem fazendo a diferença desde que Claudinei chegou: Maurício Garcez e Diogo Oliveira. A prolongada ausência de Rossi – que novamente não está relacionado – contribui para reduzir ainda mais a produção de jogadas a partir do meio-campo.

O problema é que nas últimas partidas o PSC não teve qualidade na elaboração de jogadas, o que comprometeu bastante o aproveitamento dos atacantes. Sem sinais de criatividade no meio e baixa participação dos homens de lado, o Papão não conseguiu impor pressão sobre Athletic, Atlético-PR, Vila Nova e Chape.  

Pressão é tudo que o time precisará fazer sobre o Operário para conquistar a vitória. O adversário se posiciona na parte intermediária da tabela, com características defensivas muito fortes como visitante, o que faz crer num esquema de forte marcação para conter os bicolores.