O Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Pará (CREA-PA) conquistou um reconhecimento inédito ao ter seu trabalho selecionado como o único na categoria Alta Distinção durante a II Jornada de Justiça Climática e Transformação Ecológica: COP 30, Meio Ambiente, Território e Direitos Humanos na Amazônia. O evento, promovido pelo Tribunal Regional Federal da 1ª Região, pela Escola da Magistratura da 1ª Região e pelo Conselho Nacional de Justiça, reuniu iniciativas de referência na pauta socioambiental.
O trabalho “Implantação do Escritório de Engenharia Pública do Marajó como Vetor de Justiça Climática”, assinado por Adriana Falconeri Rebelo Boy, presidente do CREA-PA; Josué Rocha, diretor-geral da Mútua/PA; e Juliana Niederauer, advogada e assessora parlamentar do Conselho, apresentou o projeto de criação e implantação de núcleos técnicos voltados ao enfrentamento das crises hídrica, de saneamento e climática na Amazônia, com atenção especial ao arquipélago do Marajó.
Reconhecida pelo impacto e potencial transformador, a iniciativa foi avaliada pela Comissão Científica como de elevado nível técnico, original e relevante, consolidando o CREA-PA como o único conselho profissional entre os selecionados. Esse reconhecimento garantiu ao Conselho um espaço de destaque na plenária principal da Jornada, onde foi apresentado como a engenharia pública e a atuação técnica qualificada podem gerar políticas públicas eficazes para territórios vulneráveis e mais afetados pelas mudanças climáticas.
A Jornada foi realizada nos dias 18 e 19 de agosto de 2025, em Macapá (AP). No dia 18, o trabalho foi exposto em formato de estande, na Seção Judiciária do Amapá. Já no dia 19, às 15h, ocorreu a apresentação oral na plenária principal, com oito minutos de exposição e espaço para perguntas e debates.
Para Adriana Falconeri, o resultado é um estímulo para ampliar a presença da engenharia pública em agendas de impacto social e ambiental.
“Estamos levando a engenharia pública para um espaço de destaque nacional, mostrando que ela é essencial para a justiça climática e para a melhoria da vida das pessoas”, afirmou.