BALANÇO DOS REFORÇOS

Pacote bicolor crava 30% de acertos

Para Carlos Frontini, o índice de acertos foi de 80%. Dos 10 jogadores que chegaram, segundo ele, oito justificaram o investimento.

Para Carlos Frontini, o índice de acertos foi de 80%. Dos 10 jogadores que chegaram, segundo ele, oito justificaram o investimento.
Para Carlos Frontini, o índice de acertos foi de 80%. Dos 10 jogadores que chegaram, segundo ele, oito justificaram o investimento. Foto: Paysandu

O executivo do PSC fez uma avaliação bastante positiva das contratações do clube na última janela de transferências. Para Carlos Frontini, o índice de acertos foi de 80%. Dos 10 jogadores que chegaram, segundo ele, oito justificaram o investimento. Menos, bem menos.  

A lista de contratados inclui os zagueiros Thalisson e Thiago Heleno; os volantes Anderson Leite e Ronaldo Henrique; os meias Denner e Wendel Jr; e os atacantes Diogo Oliveira, Maurício Garcez, Petterson e Vinni Faria.

Até o momento, 30% das aquisições podem ser consideradas plenamente satisfatórias, 30% precisam evoluir e 40% ainda não emplacaram. Os acertos indiscutíveis são Diogo Oliveira, Cortez e Thalisson, titulares absolutos desde que entraram no time.

Três dos contratados – Anderson Leite, Denner e Thiago Heleno – têm sido aproveitados, mas ainda oscilam. Quanto ao quarteto Petterson, Wendel, Ronaldo Henrique e Vinni Faria, o rendimento é fraco.  

É natural que o responsável direto pelas negociações lance um olhar generoso sobre suas escolhas. São atletas que indiscutivelmente ajudaram o time a sair do abismo em que se encontrava – o que também expõe a baixa qualidade do conjunto de reforços trazido no começo do ano.

A avaliação é mais positiva a partir do desempenho do trio Diogo Oliveira, Garcez e Thalisson. Todos chegaram e assumiram papéis de destaque e relevância no time, sob o comando de Claudinei Oliveira, que também teve influência e mérito nas indicações.   

Em defesa de Frontini, deve-se considerar que a aposta em 10 nomes tem sempre um alto potencial de risco. Três grandes acertos configuram um percentual respeitável, levando em conta as dificuldades para contratar quando todas as competições estão em andamento.

Leão apresenta nova aposta para o ataque

O Remo não para de contratar. Toda semana, desde que a atual janela foi aberta, o torcedor é surpreendido com novidades, o que sempre gera expectativas. O objetivo é reforçar o time para enfrentar os desafios do returno da Série B. Até aí, tudo bem. O problema é que o elenco cresce em quantidade, mas sem a qualidade necessária.

Eduardo Melo, centroavante de 24 anos, com passagem pela Série C do Campeonato Brasileiro, é a bola da vez. Ele foi confirmado ontem como reforço para o ataque, após a saída de Felipe Vizeu. Pertence ao Criciúma e estava jogando pelo Caxias, que lidera a Série C.

Pouco se sabe sobre o novo atacante, além da informação de que defendeu o Giravanz Kitakyushu, do Japão, e disputou o Campeonato Catarinense pelo Tigre. Sobre as características, é apontado como um bom cabeceador e de forte presença na grande área.

Quando se questiona a qualidade das contratações recentes do Remo o alvo das críticas é a insistência com nomes que permanecem como opções de banco, ou nem isso. São vários exemplos: Kawan, Nathan Camargo, Freitas, Pedro Costa, Madson, Kayky.

Que Eduardo Melo, cotado até para estrear diante do Coritiba neste sábado, não seja mais um na longa lista de apostas que não deram certo. O espaço no comando do ataque continua aberto desde a saída de Ytalo, o último centroavante goleador que o Remo teve.

Com erros primários, Fogão cai fora da Libertadores

Davide Ancelotti, cuja maior referência é o fato de ser filho de Carlo Ancelotti, sofreu ontem à noite seu primeiro grande revés como treinador do Botafogo. Ainda jovem, Davide é um aprendiz – e não há nada errado nessa condição. Errada foi a opção que o clube fez por um profissional inexperiente, após a experiência fracassada com Renato Paiva.

A eliminação na Libertadores começou a se desenhar na magra vitória sobre a LDU no estádio Nilton Santos, na semana passada. Até a estátua do Manequinho sabia que a combativa LDU seria um adversário tinhoso na altitude. Ainda mais contra um time sem sistema claro de jogo, cheio de desfalques e com escolhas erradas na escalação.

É inadmissível, por exemplo, que o talentoso Montoro tenha ficado de fora da escalação inicial ontem à noite. Como melhor passador do time, dono de grande habilidade, o jovem meia-atacante poderia ser a válvula de escape para aproveitar os espaços permitidos pela LDU.

Davide Ancelotti preferiu entrar com um meio-campo recuado e aceitando a pressão do adversário. Para piorar, optou por Mateus Martins na linha ofensiva. Entrou para segurar a estreita vantagem e acabou se dando mal.

Tudo muito parecido com o que se viu contra o Palmeiras, no Mundial de Clubes, quando o time só se mexeu ao ficar em desvantagem. Pela covardia explícita, Renato Paiva foi afastado. Davide certamente vai continuar, e o Botafogo seguirá seu calvário neste 2025 de baixas expectativas.