QUASE 3 MIL GOLEIROS NO PARÁ

O aplicativo Goleiro de Aluguel completa 9 anos e mira expansão

O Goleiro de Aluguel, de acordo com seu fundador, praticamente consolida uma nova profissão, além de movimentar a economia do futebol amador.

Samuel Toaldo, fundador do projeto - Foto: Divulgação
Samuel Toaldo, fundador do projeto - Foto: Divulgação

No próximo dia 26 de agosto, o aplicativo Goleiro de Aluguel — que transformou o futebol amador no Brasil — completa nove anos de funcionamento. Sediado em Curitiba, o projeto nasceu em 2015, a partir de uma página no Facebook, e no ano seguinte, ganhou um app móvel. Hoje, a plataforma possui mais de 200 mil goleiros cadastrados por todo o Brasil, quase 3 mil deles no Pará.

O funcionamento é simples: os jogadores informam data, horário, local e tipo de campo, e os goleiros recebem convocações diretamente no aplicativo, escolhendo os jogos de acordo com sua disponibilidade. Com isso, o Goleiro de Aluguel não apenas solucionou um problema histórico do futebol amador — a falta de jogadores dispostos a atuar no gol — mas também criou uma nova fonte de renda para milhares de pessoas.

“Sem dúvidas, a maior conquista foi criar um novo mercado de oportunidades, onde os brasileiros conseguem gerar renda fazendo o que mais amam: jogar futebol. Conseguimos profissionalizar um hobby, dar visibilidade para milhares de goleiros que sonhavam em ser reconhecidos e, acima de tudo, abrir caminho para uma nova profissão”, contou Samuel Toaldo, fundador do projeto. “É algo inédito. Onde no mundo é possível ir jogar bola no campo do bairro e sair de lá com dinheiro no bolso? Fomos pioneiros em criar isso. Não apenas criamos um aplicativo, mas sim uma nova profissão, um novo segmento na economia”, ressaltou.

Desafios e crescimento do Goleiro de Aluguel

A trajetória não foi simples. No início, a proposta inovadora gerou desconfiança. “Muitas pessoas não levavam a ideia a sério, meus amigos faziam piadas e minha família não entendia. O maior desafio foi convencer as pessoas a pagarem para que um desconhecido jogasse no time de amigos”, relembrou Toaldo.

Sem recursos financeiros, ele apostou na criatividade para divulgar o serviço e chegou a atuar como goleiro nas primeiras partidas. O crescimento veio com a criação de um site, que possibilitou a expansão para outras cidades, e depois com a formação de uma equipe para desenvolver o aplicativo.

Mas não foi fácil. “De 2015 até 2019, abri mão de receber qualquer valor para garantir que o projeto se mantivesse de pé. Foi um período extremamente difícil, mas com dedicação e perseverança, o reconhecimento veio”, disse o empreendedor.

O futuro do GDA: tecnologia e expansão

Para o futuro, o Goleiro de Aluguel busca expandir o projeto nas regiões Norte e Nordeste do Brasil. Neste sentido, já apresenta resultados. No Ceará, o aplicativo teve um crescimento de 42% no número de goleiros alugados entre o primeiro e o segundo trimestre de 2025. Por lá, ocorreu uma história curiosa: o goleiro Ruan Lima, usuário da plataforma, tatuou o logotipo do GDA no antebraço.

“O Brasil ainda tem um potencial gigantesco a ser explorado. Nosso próximo grande passo é fortalecer a divulgação no Norte e Nordeste do país, regiões com uma paixão imensa pelo futebol e que possuem milhares de goleiros ansiosos por oportunidades”, avaliou Samuel Toaldo.

Com o pioneirismo que marca a sua trajetória, o Goleiro de Aluguel também investe em tecnologia para seguir inovando. “A inteligência artificial tem sido uma grande aliada”, disse Toaldo.

“Estamos aprimorando constantemente os algoritmos para melhorar a experiência dos goleiros e contratantes, trazendo mais agilidade, qualidade e segurança em cada convocação. O horizonte de inovações tecnológicas é imenso e vamos seguir explorando cada oportunidade para valorizar ainda mais nossos goleiros”, concluiu o fundador do projeto.