Algumas camisas transcendem a condição de simples uniformes e tornam-se símbolos de identidade, memória e paixão. Foi o que aconteceu com a clássica camisa do Boca Juniors da temporada 1981-82, eleita a mais bonita da história em uma votação promovida pela revista espanhola Panenka. O processo reuniu mais de 100 mil votos e partiu de uma seleção inicial de 150 modelos, revelando a força que o imaginário coletivo exerce sobre peças que marcaram época.
Produzida pela Adidas e imortalizada nos pés e nos gestos de Diego Maradona, a camisa azul e amarela conquistou pelo design e pela narrativa que carrega. Trata-se de uma síntese da mística xeneize, da atmosfera da Bombonera e do talento de um dos maiores jogadores que o futebol conheceu. O resultado, portanto, é também um reconhecimento ao valor simbólico que o uniforme representa.
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A escolha não foi simples: na reta final, o modelo argentino superou concorrentes de peso. Entre eles, a camisa da Seleção Brasileira usada na Copa do Mundo de 1998, lembrada pela campanha que levou a equipe à final, e a da Alemanha de 1990, eternizada pelo título mundial. Outro destaque foi a da Fiorentina de 1998-99, celebrada pelo traço inovador e cultuada até hoje por colecionadores.
Mais do que uma disputa estética, a eleição mostra como certos uniformes permanecem vivos no imaginário dos torcedores. São peças que carregam histórias, evocam memórias afetivas e reforçam a dimensão cultural que o futebol possui, muito além das quatro linhas.
